Agenor Duque despertou a fúria dos fiéis católicos ao comparar a representação da Senhora Aparecida com uma garrafa de 600 ml de Coca-Cola. O registro não é novo, mas o vídeo viralizou nas redes sociais há pouco tempo.
A pretexto de falar sobre idolatria, o autointitulado apóstolo da Igreja Plenitude do Trono de Deus usou artimanhas para driblar o artigo 208 do Código Penal Brasileiro, que proíbe escarnecer da fé alheia ou “vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”, e comparou as imagens de Aparecida com o refrigerante.
Duque faz referências à Senhora Aparecida e a São Jorge, que normalmente é representado montado sobre um cavalo, no vídeo, e depois de comparar a padroeira católica com a garrafa de Coca-Cola – dizendo que têm cores iguais – joga o recipiente do refrigerante no chão e chuta.
“Talvez aí na sua casa, em cima da televisão tem – não se faça de louco, ok? – uma deusa, ou um santo, que é parecido com essa garrafa. Até a cor é parecida. E parece que o véu dela também… Mas é uma Coca, calma! Depois vão dizer que eu estava falando mal da sua santa. Não! Mas eu vou falar uma coisa para você: ela não pode ajudar nem ela, porque nem o pó da cara dela ela consegue tirar”, diz Agenor Duque.
Imitando um ser sem voz, o líder neopentecostal diz: “A boca dela não fala, o ouvido dela não ouve. Você que está com câncer, tire ela do pedestal. Talvez tenha um altar aí… E ela é tão fraca quanto eu. Porque se você soltar, ela vai cair, e eu desafio ela a levantar. Estou falando da Coca, mas você sabe o que eu estou falando”, afirmou, antes de chutar a garrafa.
O repúdio dos fiéis à teatralidade agressiva de Agenor Duque foi repercutido no portal Catholicus, que destacou o fato de o líder neopentecostal se comportar “insultando a constituição brasileira, o Estado Laico” e demonstrar viver “uma clara cruzada com os católicos” .
O portal acrescenta, em seu protesto, que diante da “forma com que esses líderes religiosos induzem seus seguidores a desacreditar nas demais religiões, é impossível ficar inerte diante dessa ‘guerra’ declarada, ao ponto de fazer uma comparação bizarra que presta um grande desserviço na busca pela união e fraternidade religiosa”.
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