O deputado Flavinho (PSB-SP) anunciou que vai denunciar o líder da Igreja Plenitude do Trono de Deus, o “autointitulado” apóstolo Agenor Duque, ao Ministério Público por vilipêndio e racismo. Essa iniciativa é uma resposta a um vídeo em que o líder neopentecostal compara a imagem da Senhora Aparecida com uma garrafa de Coca-Cola.
Flavinho é católico e mantém um relacionamento com os parlamentares da bancada evangélica que ele classifica como “harmonioso”, com atuação conjunta em questões que são comuns às duas tradições cristãs, como a defesa da vida e da família. “Eu respeito profundamente meus irmãos evangélicos”, declarou.
Expressando profunda irritação com o gesto de Agenor Duque, Flavinho pontuou que trataria o líder da Plenitude como “pseudo-pastor”, pois sabe que entre os “evangélicos sérios, homens e mulheres de Deus, amantes da Palavra, defensores da Palavra”, o apóstolo é considerado um “herege”.
“Estamos tratando aqui de um charlatão, porque o que ele está fazendo é algo terrível e criminoso”, acrescentou o deputado, informando que oficiou o Ministério Público pedindo que Duque seja processado pelo artigo 208 do Código Penal, que pune gestos de zombaria com objetos ou cultos religiosos.
“Esse pastor usou uma garrafa de Coca-Cola de 600ml para fazer uma alusão à imagem de Nossa senhora. Inclusive foi ainda mais criminoso, em um ato racista, comparando a cor da Coca-Cola à imagem de Nossa Senhora”, declarou., acrescentando que “a gente não pode mais suportar esse crime de ação contra a Igreja Católica”.
Por fim, o deputado Flavinho dirigiu-se a Duque: “O senhor é um desqualificado, um imbecil e um criminoso”. Assista:
Idolatria
Agenor Duque é figura polêmica e tem como hábito ameaçar quem o confronta e tentar censurar quem repercute seus excessos. Antes de liderar a Plenitude, foi pastor da Igreja Universal do Reino de Deus e deixou a denominação para seguir Valdemiro Santiago na fundação da Igreja Mundial do Poder de Deus.
Deixou a última para fundar a Igreja Plenitude do Trono de Deus, adotando estratégia semelhante à usada por seus antigos líderes, usando programas de rádio e televisão para fomentar o crescimento de sua denominação.
Em resposta ao deputado Flavinho, Agenor Duque usou seu programa para dizer que estava pregando contra a idolatria e que não irá se calar: “Eu estou disposto, em nome da minha fé, eu não negocio a minha fé”.
Por fim, fez novo ataque, dessa vez direcionado ao deputado, dizendo que ele não crê na Bíblia e que está disposto a “morrer pregando que idolatria é pecado e Deus condena”.