Os jogadores Alan Ruschel e Neto, da Chapecoense, são os dois únicos sobreviventes que têm chance de voltar a jogar futebol. O goleiro Jackson Follmann teve parte da perna direita amputada e não poderá mais ser atleta dessa modalidade esportiva.
Ruschel afirmou, na última semana, que sabe que experimentou a misericórdia divina e agradeceu o milagre: “Os planos de Deus são maiores que os meus, tão grandes que eu não posso imaginar. Obrigado a todos pelo carinho, pela força, pelas orações e pensamentos positivos. Seguimos na luta e honraremos aqueles que foram morar com Deus. Pai, peço que ampare seus familiares e que os conforte! Deus, obrigado pela misericórdia deste milagre, o Senhor é maravilhoso. Obrigado!”, escreveu o jogador, em seu perfil no Instagram.
Em entrevista coletiva concedida também na última semana, o lateral-esquerdo frisou que tem como objetivo se recondicionar fisicamente e psicologicamente para voltar a jogar em três ou quatro meses.
Seu companheiro de clube, Neto, foi o último a deixar o hospital na Colômbia e permanece internado em Chapecó (SC). Seu quadro foi o mais grave dentre os sobreviventes, mas agora ele já consegue caminhar no hospital, com auxílio da equipe médica.
O médico Marcos Sonagli, que acompanha a recuperação dos atletas, afirmou que os primeiros passos do zagueiro foram feitos com um colete, para dar um suporte na coluna, que sofreu uma fratura na quinta vértebra lombar.
“Ele conseguiu caminhar com um pouco de auxílio e não teve dor na região lombar. Ele tem falado que quer voltar a jogar. Isso ele deixa bem claro. Mas a primeira intenção dele é ir para casa”, contou Sonagli, segundo informações do G1.
Neto deverá usar esse colete por 90 dias, mas ao término desse período, estará apto para voltar aos treinos: “Eu acredito que ele já possa estar treinando, dependendo das lesões associadas nos membros inferiores, entorno de 90 a 120 dias, de 3 a 4 meses”, concluiu.