O pastor e cantor André Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, gravou um vídeo onde aparece rebatendo acusações, após ter desencadeado uma polêmica por ter feito o lançamento de um cartão de crédito que contém a sua marca, o “brasão fé”, durante a realização de um culto.
O vídeo promocional foi publicado pelo cantor na última segunda-feira (18) e rapidamente ganhou repercussão negativa, tanto nas mídias seculares como nas cristãs, sendo bastante criticado pelos internautas e fãs do cantor.
“Tem muita gente revoltada com o cartão de crédito, pensando que a gente está comercializada a fé ou comercializando a igreja. Gente deixa eu te falar, a marca fé é uma marca como outra marca, é uma marca de um produto que você comercializa”, disse Valadão após a polêmica.
O cantor rebateu as acusações de que estaria “comercializando a fé” das pessoas, explicando que o cartão de crédito é apenas um produto como qualquer outro, dos vários que já são comercializados com sua logomarca, o “brasão fé”, em circulação desde o ano 2000.
“O próprio seguimento gospel tem várias marcas de roupas, de produtos e a marca fé é como uma delas e tem tido muito sucesso, tem crescido a patamares incríveis”, diz Valadão, destacando a inclusão da sua logomarca no cartão de crédito como um diferencial.
O pastor também explicou que o lançamento do cartão ocorreu durante o momento de avisos da igreja, querendo justificar que não misturou sua campanha de marketing com o culto a Deus. “Não falei do cartão de crédito na hora de uma oração”, disse ele.
“Imagine que eu iria falar de um cartão de crédito no meio de uma pregação ou de uma palavra de Deus… eu não misturo as coisas! Quem me segue há muitos anos sabe que eu não comercializo a fé. Eu não comercializo bênçãos”, acrescenta.
Contudo, muitos cristãos e até fãs de André Valadão não aceitaram a tentativa de justificativa do cantor.
Eles entenderam que o pastor não é um “comercializador da fé” e que o cartão de crédito é apenas uma alternativa gospel entre outros produtos do mesmo segmento, mas não admitiram a utilização do culto e do templo como espaço para propaganda comercial.
Um internauta que se identificou como membro da Lagoinha há 20 anos comentou o vídeo de Valadão, justificando sua visão:
“Pela primeira vez neste tempo na igreja fiquei triste e com vergonha pela minha igreja. Acho que você [André Valadão] enquanto empresário deve sim divulgar sua marca, triste é ver você usar o espaço da igreja para isso”, escreveu o internauta.
“Igreja não é lugar de comércio ou de divulgar marcas como a sua. O momento de aviso dos cultos são (sic) para divulgar aquilo que é pertinente a vida da comunidade de fé. Usar este momento para divulgar sua marca é oportunismo de sua parte”, destacou.
Assista abaixo: