Um muçulmano condenado à morte no Irã dedicou suas últimas palavras, endereçadas por carta à sua família, a fazer a revelação de que ele tinha se convertido ao Evangelho e que essa havia sido a melhor decisão e sua vida.
A morte de Alireza Asadi por enforcamento aconteceu em 27 de agosto, em um presídio do Irã. Ele e outros onze presos tiveram suas penas capitais executadas pelas autoridades do país. No entanto, sua última carta à família era uma verdadeira confissão de fé em Jesus Cristo.
De acordo com informações do Christian Today, a revelação do teor das últimas palavras de Asadi foi feita por seu irmão, Mohsen, em uma publicação no Facebook. O pastor iraniano naturalizado norte-americano Saeed Abedini compartilhou a história.
“Eu realmente acredito que uma nova fase está começando para mim. E esta nova fase é muito, muito mais agradável que a vida mundana. Isto é o que eu realmente acredito”, disse Asadi na carta. “Eu acredito com certeza nesta nova fase. Finalmente posso estar em paz. Eu não tenho nenhum estresse ou sentimento ruim, tudo está bem comigo”, acrescentou.
Na carta, embora não tivesse certeza de quando seria executado, Asadi afirmou que estava contente por ver Deus agindo em sua vida: “Para muitos de vocês [familiares], a questão é se eu sou cristão ou não. Mas agora eu digo que eu sou cristão. Eu posso morrer daqui um ou dois dias. Espero que isso nunca aconteça com vocês. Nesses momentos, você perdoa tudo de ruim que aconteceu com você. Mas o que mais eu quero contar é sobre a melhor experiência que eu tive: conhecer Jesus. Eu não quero forçar vocês, mas por favor, comecem a tentar conhecê-lo. Se você ler duas frases da Bíblia, você nunca mais vai deixar de ler novamente”, garantiu ele.
Todos os familiares de Asadi são muçulmanos, e na carta, descobriram que foi na prisão que o ente querido conheceu a Jesus: “Quando eu vim parar na prisão, percebi que Deus é o Deus verdadeiro que eu queria que se revelasse para mim. Eu precisava de paz, e Jesus estava lá. Eu perdi muitos amigos, mas eu sabia que poderia encontrar conforto n’Ele. Quando mandei o diabo sair, vi que o mal não se atreveu a chegar perto de mim. Vi que o nome de Cristo está acima de todos os nomes, e que o inimigo não tem nenhuma autoridade sobre mim”, testificou.
No relato, ele contou aos parentes que via muitos de seus companheiros de cela, igualmente condenados à morte, se tornarem viciados nas drogas como forma de suportarem o fato de saberem que viviam seus últimos dias. “Mas por causa d’Ele eu permaneci no caminho certo. Em vez de drogas, estou me exercitando todos os dias”, revelou.
Um representante da Organização das Nações Unidas (ONU) no Irã, Ahmed Shaheed, especialista em Direitos Humanos, tentou impedir a execução de Asadi e os demais condenados, sem sucesso. “É lamentável que o governo continue avançando com as execuções por crimes que não atingem o limite dos ‘crimes mais graves’, conforme exigido pelo direito internacional”, criticou.