As manifestações de ódio a Israel, chamadas de antissemitismo, são uma demonstração de batalha espiritual e se explica, segundo o pastor Jack Graham, como o ódio de satanás por tudo que Deus ama.
Jack Graham, 73 anos, é pastor da Igreja Batista Prestonwood na cidade de Plano, no Texas (EUA). Ele afirmou que o que está em jogo agora é o frágil equilíbrio entre os países: “O sistema geopolítico do mundo depende do Médio Oriente e da pequena nação de Israel”.
“Pense nisso: de todos os povos do mundo, neste pequeno país, mais ou menos do tamanho de Nova Jersey aqui nos Estados Unidos, e ainda assim tanto ódio. Por que o ódio? Acredito que o ódio é porque Deus ama o povo judeu. E satanás odeia tudo e todos que Deus ama. Em última análise, esta é uma batalha espiritual. Devemos continuar, portanto, a lutar com a Palavra de Deus e o testemunho de Jesus e amar nossos vizinhos judeus, não apenas lá, mas aqui, porque na América há muitos judeus que estão assustados com isso”, acrescentou o veterano pastor.
O contexto das afirmações de Jack Graham são os protestos realizados em universidades em diversos estados dos EUA, onde alunos têm tentado impedir o acesso de judeus às instalações, em uma das maiores manifestações de antissemitismo vistas no país ao longo das últimas décadas.
A motivação dos estudantes vem das narrativas de que Israel estaria cometendo genocídio na Faixa de Gaza contra os palestinos, na guerra que trava contra o grupo terrorista Hamas, em resposta ao ataque realizado em 07 de outubro de 2023. Na ocasião, 1.163 pessoas de diversas nacionalidades foram massacradas.
Segundo informações do portal The Christian Post, uma pesquisa recente – feita com 1.497 eleitores dos EUA – descobriu que embora a maioria dos americanos ainda apoie Israel, quase metade dos eleitores da Geração Z dizem que a campanha contra o Hamas é “injusta”. Além disso, um terço dos membros da Geração Z acredita que Israel não tem o direito de existir como país.
“Para os cristãos, temos a obrigação bíblica de amar Israel”, disse Jack Graham, apontando a ligação cristã apontada pela Bíblia Sagrada com Israel e também o dever moral de se opor ao terrorismo.
“Deus ama Israel. Ele os escolheu de acordo com Sua Palavra como Seu povo particular. Ele os estabeleceu como uma nação, deu-lhes uma terra, uma vida e um legado para gerações. Como cristãos, somos eternamente gratos pela herança que temos no Antigo Testamento e o povo judeu… o nosso Messias, a nossa Bíblia, veio do povo judeu… por isso temos esta tremenda ligação com o povo judeu”, enfatizou o pastor.
Graham também esclareceu a distinção entre apoio espiritual e político a Israel: “A Igreja, no meu entendimento da Bíblia, não suplanta Israel. Deus ainda tem um plano e um propósito para Israel. É aí que começamos. Se amamos alguém, ficamos com essa pessoa e a apoiamos. Isso não significa que apoiamos, como cristãos, tudo o que é político em Israel, o que o governo pode fazer”, ponderou.
“Mas [apoiamos] as pessoas e o seu direito de existir. O que temos agora é este movimento de genocídio e antissemitismo que está a aumentar, não só no Médio Oriente, mas na Europa e na América. E então, devemos nos posicionar contra esse ódio em nossa igreja”, frisou.