A Bíblia ensina que devemos evangelizar a todos, independente das limitações, e isso inclui não apenas barreiras geográficas e culturais, mas também auditivas, como é o caso da comunidade surda, segundo a explicação do pastor Ronilson Lopes durante uma entrevista para a Rede Super.
Ronilson é pastor da Igreja Metodista Central em Belo Horizonte e falou sobre uma realidade muito pertinente, mas que apesar da grande importância, passa despercebida em muitas igrejas, que é a necessidade de capacitar ministros e evangelistas e geral para a linguagem de sinais.
Libras, como também é conhecida, é utilizada pela maioria dos surdos dos centros urbanos brasileiros, mas cada país possui sua própria linguagem de sinais, explica Ronilson, exatamente como qualquer outro idioma local, cada qual com suas peculiaridades, embora algumas semelhanças.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem 360 milhões de surdos no mundo, e desse montante, segundo Ronilson, apenas 3% conhece a Jesus, o que faz dos surdos uma das comunidades menos evangelizadas do planeta.
“São 9,7 milhões de surdos no Brasil e são 360 milhões de surdos no mundo. Somente 3% conhece Jesus. É um povo não alcançado. A gente dentro do tempo de missões tem a janela 10/40. A gente fala que os surdos estão dentro da janela 10/41”, disse o pastor, destacando que o 41 representa os surdos.
“Eles estão ali dentro da 10/41 para provocar uma discussão. O 41 é para lembrar que existem outros povos que não estão incluídos nessa janela”, disse ele, comparando o número de surdos existentes ao tamanho de “uma nação”.
O pastor relatou como teve a oportunidade de presenciar o evangelismo com surdos no Panamá, destacando o diferencial e o interesse da comunidade de surdos em ouvir o evangelho quando há pessoas capacitadas para isso.
“Eu acabei de chegar do Panamá. Nós fomos fazer um treinamento missionário. Levamos a equipe de surdos e eles impactaram o mundo. Tinham quatro nações presentes ali e nós fomos em um shopping. Lá tinha uma comunidade surda onde eles se reuniram”, disse ele.
“A gente teve a oportunidade de ver uma pastora que era a única intérprete do Panamá e eu preguei no Panamá, ali naquele no shopping, para os surdos”, conclui o pastor. Assista a entrevista no vídeo abaixo: