Um dos apologistas cristãos mais requisitados para exposições a respeito do criacionismo, Ken Ham possui uma sólida formação em ciências aplicadas com ênfase em biologia ambiental, algo que lhe deu autoridade para rebater, também, cientistas que tentam explicar o milagre da multiplicação dos pães e peixes, feito por Jesus.
Conforme o GospelMais já havia noticiado, um estudo publicado no diretório científico Water Resources Research pelos cientistas Yael Amitai e Ehud Strobach, de Israel, alega que o milagre da multiplicação, na verdade, teria sido apenas o resultado de um raro fenômeno ambiental.
Os peixes multiplicados por Jesus Cristo teriam surgido na superfície das águas, após um fenômeno climático diminuir o fluxo de oxigênio das regiões mais profundas. “Quando um forte vento de oeste sopra, empurra a camada superior mais quente de água do lago – a oeste para leste, onde se acumula, pressionando a água existente”, disse Yael Amitai sobre a pesquisa.
Ken Ham, contudo, apontou falhas graves na dedução do estudo, como o fato de que em nenhum momento a Bíblia, nas passagens que descrevem o milagre da multiplicação, dá a entender que os peixes foram retirados após aparecerem mortos na água.
“O texto bíblico não diz nada sobre os peixes serem ‘facilmente capturados’”, diz o apologista, explicando que os animais, segundo o relato bíblico, já estavam em posse dos discípulos.
“Jesus simplesmente pegou os cinco pães e dois peixes, agradeceu a Deus, partiu os pães, entregou tudo aos seus discípulos, e os discípulos distribuíram a comida. Nenhum peixe foi capturado!”, diz Ken Ham em um artigo publicado no site “Answers in Genesis”.
E o pão?
Outro ponto crucial citado pelo apologista é que os cientistas não explicaram como os pães, além dos peixes, também foram multiplicados, conforme ensina a passagem de Marcos 8:1-9, como está escrito:
“E Jesus lhes perguntou: Quantos pães tendes? Responderam eles: Sete. Ordenou ao povo que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães, partiu-os, após ter dado graças, e os deu a seus discípulos, para que estes os distribuíssem, repartindo entre o povo. Tinham também alguns peixinhos; e, abençoando-os, mandou que estes igualmente fossem distribuídos. Comeram e se fartaram; e dos pedaços restantes recolheram sete cestos. Eram cerca de quatro mil homens.”
Diante da clareza do texto, o apologista voltou à destacar o fato de que, assim como os peixes, os pães já estavam em posse dos discípulos. “Novamente, nada é dito sobre Jesus ou qualquer pessoa pescando ou coletando peixes na praia (quem quer um peixe morto e fedorento na praia, afinal?!)”, diz Ham.
Ele questiona: “De onde vieram os pães? Eles certamente não flutuaram do fundo do lago e foram levados para a praia!”. Veja também:
Apologista: Afirmar a fé cristã como a única verdadeira não é intolerância, mas amor