Muitos têm acreditado que a sociedade atual vive um processo de desconstrução de valores, precisamente de inversão, onde o mal tem sido encarado como bem, e bem como mal. Essa percepção, de acordo com a Fox New, foi prevista pelo renomado apologista cristão C.S. Lewis.
Isso porque, a emissora noticiou que uma pregação feita por Lewis e convertida em artigo há 77 anos passou a circular entre os redutos acadêmicos, chamando atenção para o cenário descrito pelo autor.
O artigo se intitula “A Christmas Sermon for Pagans” (Um Sermão de Natal para Pagãos) e foi publicado em 1946 pela revista britânica Strand. Em um trecho do seu artigo, o apologista fala sobre diferentes conceitos, sendo um deles o de “pós-cristão”.
“Não existe certo ou errado objetivo, cada raça ou classe pode inventar seu próprio código ou ‘ideologia’ conforme desejar”, disse Lewis, apontando como o excesso de relativismo destrói os referenciais humanos morais.
“Se não existe o certo e o errado, nada de bom ou ruim em si mesmo, então nenhuma dessas ideologias pode ser melhor ou pior que outra. Um código moral melhor só pode vir daquele que se aproxima de algum código real ou absoluto”, diz C.S. Lewis.
George Orwell
C.S. Lewis não é o único autor lembrado a partir de uma perspectiva futurista. O inglês George Orwell também vem sendo frequentemente citado por suas “previsões” no romance distópico intitulado “1984”.
A obra retrata uma sociedade vivendo sob um regime de absoluto controle cívico e moral, algo que costuma ser associado ao autoritarismo presente em alguns governos do mundo atual.
Para o analista Kerry J. Byrne, da Fox News, o fato de figuras como Lewis descreverem um cenário futurista de tamanho relativismo moral em uma época como os anos 1946, é algo surpreendente.
“O sermão de Lewis aborda, com uma presciência quase surpreendente, muitas das mesmas questões da guerra cultural que fervilha há anos nos Estados Unidos”, disse ele.