O câncer atualmente é uma das principais causas de morte no mundo, ocorrendo cerca de 14,1 milhões de novos casos por ano, sendo os mais comuns o de pulmão e mama, segundo a Organização Mundial de Saúde.
A leucemia, uma espécie de câncer que prejudica a formação das células sanguíneas, corresponde a 30% dos casos onde ocorre a doença, sendo mais comum em crianças e adolescentes, segundo informações do Instituto Oncoguia.
Na família do apresentador de TV, Simon Thomas, no entanto, foi um pouco diferente. Sua esposa, Gemma, apesar de adulta, teve leucemia mieloide aguda, não resistindo ao avanço da doença e falecendo em novembro do ano passado.
Em uma entrevista para a rede de TV BBC, o apresentador da Sky Sports disse que dar a notícia do falecimento para o seu filho foi “a coisa mais esmagadora e brutal que você jamais terá a dizer a alguém”, destacando que esse foi o “maior teste” de fé em Deus que já teve na vida.
Apesar disso, Simon Thomas disse continuar acreditando na Soberania de Deus e na esperança de que o maior propósito da salvação em Cristo está, justamente, na vida após a morte.
“Se eu tirar Deus desse problema, a fé que eu tive durante toda a minha vida, a esperança desaparece. Porque a esperança é que um dia eu veja Gemma novamente”, disse ele.
Ao que parece, a maior dificuldade que Simon enfrenta no momento, como pai, é ver o sofrimento do seu filho: “Ele acha difícil quando está ao lado de famílias, onde está com seus amigos com quem cresceu nos últimos oito anos. E na maior parte do tempo ele está tocando, como faria em qualquer outro momento. Mas muitas vezes quando está em casa, ele fica muito quieto e muitas vezes as lágrimas começam a fluir”, conta Simon.
O luto
Com o falecimento da esposa ocorrido em novembro passado, Simon e seu filho estão enfrentando o luto, algo que leva tempo, dependendo da forma como cada pessoa encara a morte física e, principalmente, do contexto onde vive.
O apresentador falou sobre isso, ressaltando que o povo do Reino Unido, onde vive, possui dificuldade de se expressar e falar sobre o luto, algo que torna mais difícil a superação da dor para todos os envolvidos.
“Eu aprendi no pouco tempo que passei por isso, que não gostamos de falar sobre o luto neste país”, disse ele. “Nós não somos uma sociedade que vê muito bem o luto”.
O ponto interessante a explicação de Simon, no entanto, está na compreensão de que essa dificuldade dos britânicos de falar sobre o luto, na verdade, não é porque não desejam falar, mas porque eles não se sentem acolhidos emocionalmente, o bastante para que tenham confiança ao se expressar.
“O que eu comecei a entender é que as pessoas querem conversar, elas só precisam de permissão para conversar”, concluiu.