Apesar da ascensão do fundamentalismo islâmico, o cristianismo tem crescido em países que há pouco mais de um século, os seguidores de Jesus eram praticamente inexistentes.
Países como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, extremamente rigorosos com relação à religião, viram o cristianismo se estabelecer como uma realidade, embora o número de cristãos seja pequeno em quantidade e percentagem.
Em 1910, a Arábia Saudita tinha apenas 50 cristãos, enquanto os Emirados Árabes Unidos tinham 80. De acordo com informações da Missão Portas Abertas, em 1910, os cristãos são 4,4% da população no primeiro, e 12,6% no segundo, o que representa 1,26 e 1,0 milhão de pessoas, respectivamente.
Segundo o Christian Today, mesmo que os cristãos continuem sendo uma minoria absoluta nesses países, é inegável que esse crescimento é significativo por conta da cultura majoritária e conservadora dos muçulmanos.
Além desses dois países há o registro de crescimento do cristianismo em Omã, Bahrein, Qatar e Kuwait, o que estabelece um contraponto ao êxodo de cristãos de países como Síria e Iraque promovidos pelo Estado Islâmico.
O aumento da presença de cristãos se deve à conversão de muçulmanos e, principalmente, aos imigrantes que chegam a esses países carregando consigo sua fé na busca pela chance de construir uma vida próspera, já que a região se tornou rica com a descoberta de campos de petróleo.
Especialistas alertam, no entanto, para o fato de que pouco houve de mudança em relação à tolerância religiosa, já que poucos dos imigrantes cristãos obtém cidadania, e muitos deles trabalham de forma temporária em empregos que exigem pouca qualificação.
Inverso
No Líbano, que chegou a ser um país de maioria cristã em 1910, quando 77,5% da população se dizia seguidora de Jesus, um século depois tinha apenas 30,4% de cristãos. Há outros casos, como o de Turquia e Síria, onde o cristianismo despencou de 21,7% e 15,6%, respectivamente, para apenas 0,2% e 2,7%.