O que poderia ter sido a lamentável destruição de um dos sítios arqueológicos mais importantes do mundo, se transformou em oportunidade para que os arqueólogos de Israel, em parceria com outros cientistas, reunissem ao longo dos anos cerca de “meio milhão de descobertas” de artefatos que datam da época do rei Davi e Salomão.
Segundo informações da CBN News, em 1999 um grupo muçulmano responsável pelo Monte do Templo, o Waqf islâmico de Jerusalém, realizou uma construção no Monte do Templo, em Israel, local até então onde era proibido fazer tais procedimentos.
Os muçulmanos construíram uma mesquita no local, o que resultou na retirada de vários rejeitos que foram lançados no Vale do Cedron. Acontece que esse material era histórico e os arqueólogos de Israel sabiam disso.
Assim, nasceu em 2005 o projeto “The Temple Mount Sifting”, visando escavar os destroços lançados fora no Vale de Cedron. O objetivo dos arqueólogos de Israel era encontrar vestígios sobre o povo judeu.
“O projeto de peneiramento do Monte do Templo é uma aventura arqueológica cujo objetivo é encontrar a prova empírica do que havia no Monte do Templo há milhares de anos atrás”, disse Shlomo Zwickler, da organização American Friends of Beit Orot.
Como resultado, desde 2005 a equipe de arqueólogos de Israel conseguiu reunir inúmeras evidências sobre a história do povo hebreu, algo que para Gabi Barkay, responsável pelo projeto, está em conformidade com os relados da Bíblia.
“Temos até agora, cerca de eio milhão de descobertas. A grande maioria do material é do primeiro período do Templo, a partir do 10º século a.C., que é o tempo de Davi e Salomão. E isso anda de mãos dadas com o relato bíblico”, disse ele.
Outro cientista, Zvi Koenigsberg, afirma que os achados são tão contundentes cientificamente, que é impossível não reconhecer a historicidade do povo hebreu, exatamente como narra a Bíblia Sagrada, visto que são provas empíricas.
“Não há projeto que mostre melhor do que este. Isso prova que tudo o que dissemos, sonhamos e oramos sobre isso é verdade”, disse ele. “Sabemos de onde viemos, é claro, com base em nossa fé, em nossa herança, mas também com base na evidência empírica que encontramos onde estávamos”, acrescentou.
Esses achados arqueológicos em Israel fundamentam ainda mais a fé dos judeus e cristãos, visto que tanto a Bíblia Hebraica (Antigo Testamento), quanto a cristã (Novo Testamento), citam o Monte do Templo e os reis Davi e Salomão atrelados a ele.
“Primeiro de tudo, o Monte do Templo é a alma, o coração e o espírito do povo judeu. É mencionado e apontado mais de vinte vezes no Novo Testamento. É um ponto focal no ministério de Jesus, e deveria ser um dos pilares da civilização ocidental”, conclui Gabi Barkay.