Um atentado terrorista na última sexta-feira, 24 de novembro, ocorrido no Egito, deixou pelo menos 235 mortos e já é considerado o mais letal dos últimos anos na região, próxima ao monte Sinai.
A mesquita invadida por terroristas é chamada Al Rauda, e fica em Bir al-Abed. Essa região é marcada por conflitos entre grupos insurgentes, como jihadistas leais ao Estado Islâmico, e as forças de segurança do país.
De acordo com as informações da agência de notícias Mena, a ação dos terroristas se deu através da explosão de bombas colocadas ao redor da mesquita. Quando os fiéis saíam após a tradicional oração das sextas-feiras (dia considerado sagrado para os muçulmanos), os artefatos foram detonados.
Além disso, aproximadamente 40 atiradores se posicionaram em frente às saídas da mesquita, em cima de jipes, e abriram fogo contra as pessoas que tentavam fugir do local após a explosão. Cerca de 130 pessoas ficaram feridas no ataque, além dos que perderam a vida.
O presidente do Egito, Abdul Fattah al-Sisi, decretou três dias de luto nacional e avisou que se reunirá com autoridades para debater o incidente, de acordo com a emissora Extra News TV. Ao longo do dia, mais de 50 ambulâncias se dedicaram ao socorro dos feridos, logo após o ataque.
Testemunhas afirmaram à agência de notícias Reuters que os terroristas também atiraram contra as ambulâncias que vieram em socorro às vítimas, que eram da comunidade sufista, que é vista como apóstata pelos extremistas por reverenciarem santos e santuários islâmicos, o que é considerado idolatria para os islâmicos.
Segundo o portal Uol, a emissora de TV estatal mostrou imagens de corpos cobertos por cobertores no interior da mesquita e também vítimas ensanguentadas do lado de fora. “A facção do Sinai é uma das últimas remanescentes do Estado Islâmico desde o colapso do autodeclarado califado do grupo na Síria e no Iraque na esteira de derrotas militares para forças apoiadas pelos Estados Unidos”, informou.