O biólogo e militante ateu Richardo Dawkins afirmou recentemente que os cristãos que agem em favor do próximo apenas para evitar a condenação ao inferno e serem salvos são “egoístas”.
Tido como o ateu mais famoso do mundo, Dawkins ignorou a questão central do Evangelho, que estipula que a salvação é imerecida e não pode ser alcançada por mérito próprio, e criticou as ações sociais de cristãos, dizendo que tudo o que se faz ao próximo, é feito por interesse próprio.
“Se você é bom porque você quer alcançar graça diante de Deus, se você é bom porque você quer evitar de ir para o inferno, ou se você quer ir para o Céu, isso é uma motivação egoísta, ao invés de boa”, afirmou o ateu, em entrevista à RTÉ One, da Irlanda. “Aceito totalmente que uma enorme quantidade de boas obras sejam feitas por pessoas que venham a ser religiosas, mas eu acho que é um insulto sugerir que você precisa da religião para ser bom”, acrescentou.
O apresentador Gay Byrne contrapôs a declaração de Dawkins, dizendo que muitas das pessoas mais “chocantes” do mundo, como Adolf Hitler, Joseph Stalin, Pol Pot, Mao Zedong, “eram todos ateus e fizeram coisas horríveis e indizíveis para as pessoas”.
Dawkins contestou que Hitler fosse ateu, dizendo que o führer era católico, e argumentou que todas essas pessoas fizeram “coisas horríveis”, porém “não em nome do ateísmo”.
Em 2012, Dawkins já havia tentado ridicularizar a ideia da danação eterna, e ironicamente agradeceu a Deus por não crer nessa possibilidade: “Graças a Deus, eu nunca experimentei pessoalmente como é acreditar – realmente, verdadeiramente e profundamente acreditar – no inferno. Mas eu acho que pode ser plausivelmente argumentado que tal crença profundamente arraigada pode causar um trauma mental a uma criança mais duradouro do que o constrangimento temporário de abuso físico leve”, polemizou, à época, segundo informações do Christian Post.