Um grupo ativista ateu lançou uma série de cartazes com o tema “Solstício de Inverno” numa tentativa de contrapor o Natal, uma festa de significado cristão. O centro da mobilização foi a cidade de Atlanta, na Geórgia (EUA).
Os ateus afirmam que a “verdadeira razão para a temporada” de feriados não é a festa cristã que celebra o nascimento de Jesus, e sim, tempo de celebrar o fenômeno astronômico que marca o início do inverno. Como todas as ações ateístas de grande repercussão no país, essa campanha é financiada pela Freedom From Religion Foundation, que vem se tornando uma das principais perseguidoras da liberdade religiosa nos Estados Unidos.
“Nesta estação do solstício de inverno, a razão prevalece”, diz o texto usado em dois grandes outdoors da campanha, instalados em duas rodovias que dão acesso a Atlanta. A mensagem vem acompanhada do endereço do site da entidade, FFRF.org.
“A FFRF ressalta que a verdadeira razão para a temporada é o Solstício de Inverno, que acontece em 21 de dezembro deste ano – o dia mais curto e mais escuro do ano”, diz o comunicado de imprensa. “O Solstício de Inverno é comemorado há milênios no Hemisfério Norte porque sinaliza o renascimento do sol e a continuação da vida”, acrescenta o texto.
De acordo com o portal Christian Headlines, um terceiro outdoor surgiu em outro ponto da cidade, com o texto “Crença Sobrenatural – O Inimigo da Humanidade”. É possível que a campanha fique exposta ao longo de um ano inteiro.
Um dos pontos que os ateus usam de argumento é que a provável data de nascimento de Jesus seja na primavera do hemisfério norte (outono por aqui), e não em 25 de dezembro, um período do ano em que diversas religiões, incluindo o paganismo, celebram algum acontecimento marcante em seu contexto.
“A data tradicional de 25 de dezembro remonta a 273 d. C.”, diz um artigo da CrossWalk. “Dois festivais pagãos honrando o sol também foram celebrados naquele dia e é possível que 25 de dezembro tenha sido escolhido para neutralizar a influência do paganismo”, acrescenta o texto.
“Quase todas as pessoas e religiões conhecidas do dia comemoraram algum tipo de feriado nessa época […] Do Chanucá judeu ao solstício de inverno pagão, passando pelo germânico Yule e passando por Roman Dies Natalis Solis Invicti (Nascimento do Sol Invicto); O grande número de dias de celebração com suas árvores, decorações, troncos de Yule, visco e festas parecem apontar para uma estação de celebração para a qual os cristãos adicionaram o nascimento de Jesus como um evento contracultural e possivelmente até mesmo uma fuga dos primeiros crentes dos feriados pagãos”, explica.