Criada como ateia, mas rodeada por amigos que sempre testemunharam Jesus a ela, Esther Klomp enfrentou muitas ideias erradas sobre a fé e a comunhão cristã até ter a oportunidade de experienciar uma mudança de vida. Agora, ela lidera igrejas domésticas na Holanda.
Esther tem ascendência judaica, mas foi criada em um ambiente ateu porque seu pai, que perdeu familiares nos campos de concentração do nazismo, não tinha nenhum interesse em religião. Sua mãe, aos 27 anos de idade, morreu de uma doença hereditária quando ela tinha apenas 1 ano e sete meses de vida.
“Tenho raízes judaicas e a família do meu pai foi morta em campos de concentração. Minha mãe morreu quando eu tinha um ano e meio de idade, de uma doença hereditária rara do tecido conjuntivo. Ela tinha 27 anos na época. Como resultado, meu pai não tinha nenhum interesse em religião”, disse Esther ao portal Revive.
A jornada de fé começou há muitos anos, em sua infância, quando ocorreu um evento em uma igreja evangélica próximo à sua casa. Ela foi convidada por uma amiga e saiu com impressão positiva: “Não entendi por que ela nunca me disse que a igreja era tão divertida. Essas pessoas estavam tão felizes. Não entendi, mas achei legal”.
Uma amiga a ensinou que ela poderia falar com Deus em qualquer lugar, através da oração, e isso foi o começo da desmistificação de ideias equivocadas que ela tinha sobre a fé cristã: “Eu realmente não sabia nada sobre isso, então pensei que não seria possível de bicicleta, porque não dá para fechar os olhos”, relembrou.
Entretanto, a amiga logo desfez mais uma confusão: “Não, também pode ser feito de olhos abertos. Eu estava completamente aberta, a fé é uma coisa simples para uma criança. Passo a passo, cresci um pouco com todas essas experiências”, contou.
Aos 18 anos, morando sozinha, sentiu-se deprimida: “Não nasci para a felicidade e acho que só quero morrer, foi meu pensamento. Mas eu também queria viajar. Então, pensei que poderia desistir da minha vida depois”, lembrou Esther.
Um ano depois, viajou para a Índia: “Num país repleto de templos e mesquitas hindus, tive um encontro com Jesus. No meu quarto. Fiquei doente por causa da comida e Jesus estava lá para mim. Eu estava em paz e fiz a escolha de continuar com Ele”.
Igrejas domésticas
Anos se passaram e, agora casada, Esther e seu marido Koen iniciaram uma igreja doméstica: “Meu marido recebeu uma palavra de Deus e me disse: ‘Acho que deveríamos começar uma igreja doméstica’. Um dia depois recebemos um e-mail nos convidando para um curso de treinamento sobre ‘como iniciar uma igreja doméstica?’”, disse.
“A partir desse momento crescemos muito. Somos verdadeiramente discipulados para fazer o que está escrito em Atos. Jesus contou como Ele queria que as coisas fossem feitas, mostrou como deveriam ser feitas e fez com que seus discípulos o copiassem. Durante o treinamento fomos imediatamente ativados”, acrescentou Esther.
O casal, juntamente com uma amiga, Nelleke, iniciaram uma igreja doméstica em Barendrecht, na Holanda, em um formato que abrange cerca de dez pessoas: “Então você poderá ficar de olho em todos e ver o que as pessoas precisam para vir a Jesus. O que você vê acontecendo é superpoderoso”.
“A intenção não é conectar as pessoas a nós, mas a Jesus e que elas façam o que Ele fez. Ao iniciar continuamente novas igrejas domésticas, o número está se expandindo. A visão é que haverá uma igreja local em cada bairro e distrito e que as pessoas necessitadas possam recorrer a ela. Para oração ou para coisas práticas. Queremos muito ser mãos e pés de Deus, no mais puro do ser. Foi assim que aconteceu conosco”, acrescentou Esther.
Como parte dessa jornada, o casal já coleciona testemunhos: “Uma jovem que já havia sido internada cinco ou seis vezes por tentativas de suicídio foi batizada e liberta.
Também há restauração nos casamentos se você mostrar às pessoas o que Deus significa para o casamento”.
“Uma mulher também foi liberta dos demônios que a atacavam à noite. O Espírito Santo me guiou. Falei com ela no mercado e ela veio para a igreja doméstica. Quando o Senhor fala, basta você ir, não há mais como me parar”, finalizou.