A intolerância dos ativistas gays na Austrália vem numa crescente sem precedentes conforme se aproxima o fim do plebiscito que decidirá se o país deve ou não legalizar a união homossexual. Inúmeras igrejas – que defendem o voto contra a legalização – têm sido vandalizadas.
A decisão será tomada em uma votação que vem sendo realizada desde o dia 12 de setembro, com duração até 07 de novembro, e até agora, diversos casos de ameaça, retaliação e vandalismo foram registrados.
Segundo informações do portal Christian Headlines, em uma das igrejas vandalizadas, os ativistas gays pediram a crucificação dos cidadãos que votarem “não” à legalização do casamento gay. Em Melbourne, uma das principais cidades do país, duas igrejas foram pichadas com mensagens que definem os cristãos como “fanáticos”.
O The Christian Institute, uma entidade representativa das igrejas, afirmou que em outros templos foram pichadas suásticas, como referência ao nazismo e ao ditador Adolf Hitler. Em Brisbane, o pastor da Bellbowrie Community Church recebeu ameaças de um ativista que prometeu incendiar o templo se a igreja não parasse com sua mensagem contra o casamento gay.
Em outro caso, uma cristã que se manifestou defendendo o casamento tradicional foi ameaçada de morte. Ela se juntou à jovem que perdeu o emprego por se manifestar, nas redes sociais, contra a legalização da união homossexual.
O pastor David O’Brien, líder da Igreja Batista de Waverly, uma das igrejas que sofreram vandalismo, comentou que a situação foi “perturbadora e preocupante”.
Já o pastor Drew Mellor, da Igreja de Glen Waverley, afirmou que as pichações deixaram os membros mais antigos preocupados com a segurança. No entanto, a igreja não se intimidou, e publicou um manifesto descrevendo sua crença em uma visão bíblica sobre o casamento, que é a união de um homem e uma mulher.
Monica Doumit, da Coalition for Marriage, destacou que “uma coisa que este processo revelou é que, apesar da retórica, os ativistas [gays] não acreditam em uma sociedade tolerante, onde as pessoas têm permissão para viver e deixar viver”.
“Em vez disso, eles vão direcionar aqueles que não concordam com suas opiniões pelo boicote ou por algum outro tipo de punição”, acrescentou Doumit.