Hollywood viu, nos últimos meses, algumas de suas principais estrelas serem acusadas de assédio e abuso sexual. Porém, para o ator Corey Feldman, essa não é uma surpresa, já que ele vem se dedicando para denunciar casos semelhantes contra atores mirins.
A pedofilia em Hollywood, segundo Feldman, é recorrente e ocorre há décadas. Ele lançou uma campanha em outubro para arrecadar fundos que custeiem a produção de um documentário que relate os casos de atores mirins que sofreram abuso sexual, incluindo ele próprio.
Depois que se envolveu de forma mais incisiva na questão, o ator disse ter sobrevivido ao que pareceu uma tentativa de assassinato, já que ele e sua equipe quase foram atropelados por “dois caminhões monstruosos”, que trafegavam em direções opostas. O episódio ocorreu após o anúncio de que o projeto seria levado adiante.
“Ficamos literalmente presos na pequena linha branca entre os dois caminhões”, disse ele ao portal The Christian Post. “Se não tivéssemos nos alinhados e pensando em ter a mesma reação, não teríamos sobrevivido. Mas eu o chamo isso de um verdadeiro milagre de Deus. Creio que Deus colocou sua mão em mim e me afastou do caminho naquele dia”, acrescentou.
As dificuldades enfrentadas pelo ator não se resumem a isso, no entanto. Alguns obstáculos burocráticos surgiram nesse meio tempo, e ele chegou a ser detido pela Polícia para prestar esclarecimentos.
“Depois disso, Deus me disse: ‘É por isso que você está aqui, isso é o que importa’. Ouvi isso na voz de Deus”, contou Corey Feldman, que passou a procurar formas de popularizar seu trabalho de combate à pedofilia na indústria do cinema.
“Eu disse: ‘Tenho que deixar de lado eu mesmo e minhas necessidades’. [Mas], estou com muito medo pela segurança do meu filho e por mim mesmo. A única maneira de saber como me proteger é criar um filme onde eu possa expor todas as verdades e levantar dinheiro suficiente para alavancar esse projeto”, comentou, revelando que após as denúncias envolvendo nomes como Harvey Weinstein e Kevin Spacey, mais de US$ 248 mil foram doados por diversas fontes para financiar o documentário.