O Ministério da Educação (MEC) abriu uma chamada pública para selecionar avaliadores de livros didáticos, e grupos conservadores e “progressistas” travaram uma disputa imediatamente nas redes sociais.
Os livros didáticos vêm sendo alvo de uma disputa ferrenha, já que através deles é possível influenciar toda uma geração de cidadãos. Dessa forma, cristãos de diferentes denominações incentivaram professores conservadores a “fiscalizar” livros que tenham viés “progressista” e “denunciar conteúdos que promovem a ideologia de gênero“.
O mesmo movimento foi feito do lado oposto. De acordo com informações do jornal O Globo, “professores ateias/ateus, comunistas, feministas, de comunidade LGBT, das religiões afro-brasileiras, negr@s”, foram convocados por suas respectivas militâncias para que fiscalizem “preconceitos contra a esquerda nas obras didáticas”.
A maioria das mensagens que circulam nas redes sociais, incluindo WhatsApp, trazem links que direcionam para a página de inscrição no sistema do MEC. No entanto, para se candidatar, é preciso ter formação superior com mestrado, no mínimo.
Ao final da seleção, 600 professores das redes pública e privada da educação básica e da educação superior serão selecionados como avaliadores do conteúdo pedagógico dos novos livros didáticos a serem adotados pelo MEC.