O ideal conservador é, para muitas áreas da sociedade, um inimigo a ser combatido. E a indústria do cinema e televisão é um setor que movimenta muito dinheiro e não simpatiza com a visão contrária ao progressismo, segundo o experiente ator Tim Allen.
Allen estava no ar em 2017 com o seriado Last Man Standing pelo canal ABC, uma das empresas sob o guarda-chuva do grupo Disney, e mesmo sendo a segunda maior audiência do canal, a atração foi cancelada.
Agora, após negociar com a Fox e retornar ao ar, com mais de 8 milhões de espectadores no primeiro episódio na nova emissora, o ator resolveu falar dos bastidores da indústria.
Em entrevista ao jornal The Washington Post, Tim Allen disse acreditar que sofreu uma espécie de perseguição por defender a fé cristã e valores conservadores em sua vida pessoal e também no trabalho.
A série Last Man Standing mostra a rotina de uma família classe média dos Estados Unidos, que segue o cristianismo e precisa contornar dificuldades cotidianas. Com esse perfil, Allen sempre recusou abordagens progressistas no programa, o que levou ao cancelamento pela ABC.
“Não há nada mais perigoso, especialmente no ambiente social de hoje, do que um conservador simpático e engraçado”, disse Allen. “Essa foi a coisa mais perigosa. Porque no programa eu vivo em uma família cheia de mulheres que tinham opiniões diferentes. Meu personagem é um cara de princípios, que vai à igreja e que defende a ética”, explicou.
Allen, que sempre se apresentou fora das telas como “um cristão bastante comprometido”, também costuma fazer reflexões sobre dor, sofrimento e a soberania de Deus.
Uma das histórias mais recorrentes no testemunho do ator é o relato da morte de seu pai quando ele tinha apenas 11 anos de idade, e o quanto essa perda pessoal influenciou sua forma de ver o Criador: “Eu busquei um relacionamento com Deus desde que meu pai morreu”, contou.