Após a eleição de 2018, novas configurações políticas podem determinar o curso do Congresso nos próximos quatro anos, especialmente com a entrada de figuras novas no meio político. Mas, como a experiência conta muito e faz diferença nas situações de crise, alguns políticos bastante conhecidos continuam cotados para cargos de influência, como é o caso da presidência da bancada evangélica.
Com o apoio a Rodrigo Maia da maior parte da ala governista para a presidência da câmara, João Campos – que poderia se candidatar para o mesmo cargo – poderá migrar sua disputa para outra presidência, a da bancada evangélica.
O deputado possui experiência na incumbência dessa responsabilidade, uma vez que já ficou no cargo por dois anos (2010 – 2012), quando teve a oportunidade de colocar em discussão o PDC 234/11, criado por ele, mas apelidado pela mídia como proposta para a “cura gay”.
O PDC 234/11, todavia, teve como objetivo dar maior liberdade profissional aos psicólogos, vetando parte da Resolução 01/1999 do Conselho Federal de Psicologia, considerada abusiva por muitos profissionais.
“O CFP está aparelhado de ativistas e fundamentalistas desta área. Eles adotaram essa diminuição da cidadania do homossexual e desrespeito à liberdade profissional do psicólogo para poder impor a ideologia deles, de que cidadão nasce gay e vai morrer gay”, disse Campos na época, segundo o Jornal Opção.
Ainda na ocasião, o parlamentar entrou em defesa dos profissionais que alegam ser possível um homossexual mudar sua orientação, voluntariamente, caso assim desejar, por diversos fatores, incluindo traumas de ordem emocional.
Finalmente, Campos poderá disputar a presidência do bloco evangélico com o também deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). Entretanto, segundo informações do Folha PE, Sóstenes já disse que avalia abandonar a disputa caso a entrada de Campos no pleito se confirme.
A disputa está marcada para ocorrer na segunda quinzena de fevereiro.