Em uma era onde o liberalismo teológico tem contaminado muitas igrejas, um grupo de batistas resolveu se manter fiel à Bíblia sagrada, rejeitando a consagração ministerial de homossexuais, bem como o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Por 49 votos a 27, o Baptists Together, a maior União Batista do Reino Unido, tomou a importante decisão durante a reunião do seu conselho entre os dias 19 e 20 de março. Na prática, decidiu-se manter o posicionamento bíblico de que apenas a relação entre homem e mulher pode ser reconhecida como casamento.
“Após um período de oração e escuta cuidadosa em todo o nosso movimento Batista, procuramos discernir a mente de Cristo juntos. O Conselho sustenta que a base da nossa União é a Declaração de Princípio e, ‘que o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, Deus manifesto na carne, é a autoridade única e absoluta em todos os assuntos relativos à fé e à prática, conforme revelado nas Sagradas Escrituras…'”, diz uma declaração emitida pela entidade.
De modo semelhante, pessoas homossexuais também não poderão ser ordenadas ao ministério da igreja. Os batistas do Reino Unido, contudo, fizeram um apelo em prol do respeito mútuo e da atenção pastoral à comunidade que pensa diferente.
“O Conselho pede a todos nós que demonstremos graça e respeito para com aqueles que têm opiniões diferentes. O Conselho pede também a todos nós que exerçamos cuidado pastoral e sensibilidade, especialmente para aqueles que solicitaram esta mudança ou não podem estar no ministério acreditado”, diz a organização.
Católicos
Na contramão dos batistas, o Papa Francisco, líder máximo dos católicos, sinalizou flexibilidade quanto ao público LGBT, autorizando a bênção dos padres para casais homossexuais. O comunicado foi feito através da publicação do “Fiducia Supplicans“.
Por causa desse posicionamento, o Papa enfrentou duras críticas, criando um cisma entre os católicos romanos. Até mesmo o pastor e evangelista Franklin Graham reagiu à declaração do pontífice, condenando o seu flerte com o liberalismo.
“As chamadas ‘bênçãos’ dos líderes religiosos não irão salvá-los do julgamento de Deus! […] O papa Francisco aprovou agora que os padres católicos abençoem casais do mesmo sexo. Mas nenhum de nós, incluindo o papa, tem o direito de ‘abençoar’ o que Deus chama de pecado. (Isaías 5:20)”, comentou Graham.
‘Ninguém tem o direito de ‘abençoar’ o que Deus chama de pecado’, diz Franklin Graham