Na última quinta-feira (21), judeus do mundo inteiro se uniram para um ato de fé e adoração a Deus em favor dos reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Em Israel, eles se reuniram no Muro das Lamentações, situado em Jerusalém, todos com a mesma finalidade.
A reunião organizada pelo grupo Aish HaTorah marcou o a celebração do Jejum de Ester, uma referência ao livro bíblico do Antigo Testamento que narra Deus concedendo livramento aos judeus. O ato também foi acompanhado online, reunindo cerca de 50 mil pessoas simultaneamente através de uma transmissão feita no YouTube.
Yigal Sarusi, pai de um dos reféns do Hamas, fez um clamor em favor das vítimas e na sequência todos recitaram a oração Shemá (“Ouve, ó Israel”), marcando o momento emocionante de união entre os judeus de todo o mundo.
“Pensemos juntos nos reféns, nos nossos soldados e na unidade do Estado de Israel, para abrir as portas do céu”, disse Sarusi. Após isso, vários chifres de shofar foram tocados, e o rabino Shmuel Rabinovitch deu continuidade à oração.
Sara Netanyahu, esposa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, esteve presente no Muro das Lamentações, junto aos demais judeus. “O Jejum de Ester é um dia em que os destinos podem mudar,” disse Gina Zohar à emissora Israelilits Kan. Ela possui um sobrinho entre os reféns do Hamas.
“Sentimos que todos estão se reunindo conosco com o importante objetivo de devolver as crianças à casa com a ajuda de Deus, neste dia, neste local adequado”, completou a israelense.
A mobilização em prol da intervenção divina tocou até mesmo quem não segue as práticas da religião judaica, como Kobi Ben Ami, pai de uma das vítimas dos terroristas que também está sendo mantida refém.
“Eu não sou um homem religioso. Mas quem diz ‘shema yisrael’ provoca arrepios e tremores, um certo tipo de transformação. Não há dúvida de que é uma oração muito poderosa, particularmente quando todo o povo de Israel vem aqui… sem conexão com a política”, disse ele, segundo o Times of Israel.
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