No primeiro debate na disputa pela Casa Branca, o atual presidente Joe Biden e seu antecessor, Donald Trump, deixaram evidente seus posicionamentos opostos em relação ao aborto.
O debate realizado pela CNN se mostrou uma oportunidade para deixar claro como Biden e Trump são opostos: o atual presidente gostaria que o aborto voltasse a ser permitido como era antes da mudança de precedente feita pela Suprema Corte dos EUA.
Para Biden, é uma “coisa terrível” a proposta de permitir que os estados definam as regras sobre o aborto. O presidente foi questionado se apoia “quaisquer limites legais sobre o prazo que uma mulher deve poder interromper uma gravidez”, ele reagiu: “Apoio Roe versus Wade”, em referência ao precedente que garantia o aborto e foi derrubado.
A essa altura, Trump aproveitou a oportunidade para acusar o adversário do Partido Democrata de praticar o chamado “aborto tardio”, já que no cenário do precedente de Roe versus Wade não havia um limite legais definido para a prática de um aborto em todo o país.
“Ele está disposto a, como dizemos, arrancar o bebê do útero no nono mês e matá-lo”, declarou Trump. “Eles tirarão a vida de uma criança no oitavo e nono mês e até mesmo após o nascimento”, acrescentou, fazendo referência à proposta do ex-governador da Virgínia Ralph Northam (Partido Democrata), que em 2019 sugeriu uma lei que foi entendida, na prática, como um “aborto após nascimento”.
“Dependendo do estado, você pode fazer o que quiser. Não achamos que isso seja uma coisa boa. Achamos que é uma coisa radical. Achamos que os democratas são os radicais, não os republicanos”, enfatizou Trump.
Em sua tréplica, Biden insistiu em seu posicionamento abortista, afirmando que se depender de Trump, o Congresso aprovará a “proibição universal do aborto”, de acordo com informações do portal The Christian Post.