A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu revogar o precedente aberto pelo caso Roe versus Wade, derrubando assim o direito à prática do aborto no país. A decisão histórica é um duro golpe na indústria abortista da maior economia do planeta.
A decisão foi tomada pela Suprema Corte após uma revisão do caso. Em maio último, um rascunho do veredito vazou e causou manifestações violentas em todo o país, com igrejas atacadas, assim como instituições de acolhimento a mães que desistem do aborto.
Foram seis votos dos juízes da Suprema Corte favoráveis à derrubada do precedente estabelecido no caso Roe versus Wade, contra 3 que entendiam que o direito ao aborto deveria permanecer vigente.
Os juízes que votaram contra o aborto entendem que o precedente aberto em 1973 foi tomado com base em premissas equivocadas, já que a Constituição dos Estados Unidos não faz menções específicas sobre a interrupção de gravidez, e a Suprema Corte só deve tomar decisões em casos relacionados à carta magna do país.
O anúncio da decisão da mais alta Corte judicial dos Estados Unidos ocorre, coincidentemente, no dia seguinte a um dos casos mais polêmicos já registrados no Brasil, quando uma criança de 7 meses de gestação foi abortada por determinação do Ministério Público Federal.
Entre os ativistas de esquerda, a decisão já está sendo criticada: o teólogo Ronilso Pacheco, entusiasta de um movimento político chamado “teologia negra”, usou o Twitter para lamentar a decisão que preservará milhões de vidas apenas nos Estados Unidos, anualmente:
“Os Estados Unidos retrocede [sic] 50 anos. E não será apenas sobre aborto legal e assistido. A Suprema Corte está pronta para derrubar as políticas de ações afirmativas, ampliar o acesso e circulação de armas e restringir direitos da comunida [sic] LGBTQIA+”, escreveu Pacheco.