A essência da pregação evangelística está em anunciar Jesus Cristo como único e suficiente Salvador. Todavia, para o bispo T.D. Jakes, fundador da megaigreja The Potter’s House Church em Dallas, nos Estados Unidos, muitos pastores estão se preocupando mais com o uso do microfone do que em ganhar e cuidar de vidas para Deus.
Jakes explica que o principal testemunho do cristão não está atrás de um púlpito ou no uso do microfone, mas na relação que estabelecemos com o próximo. A falta dessa consciência tem feito alguns se preocuparem mais com os aspectos teóricos da pregação do que com a sua prática através do testemunho.
“Temos nos preocupado mais com as pregações do que ganhar almas”, disse Jakes. “Os pregadores costumavam testemunhar no supermercado, em qualquer lugar, não precisavam de um microfone, não precisavam de uma multidão”.
Para Jakes, um dos problemas relacionados a isso é a reprodução do mesmo padrão de pensamento e comportamento. Ou seja, o ouvinte erra porque já aprendeu errado. “O importante disso é que as pessoas começam a fazer o que você faz e, se você não for um ganhador de almas, pode até ensinar o que sabe, mas irá reproduzir o que você é”.
Ir de encontro ao mundo e utilizar estratégias
T.D. Jakes confronta o que parece ser uma espécie de comodismo moderno em muitas igrejas. A ideia de que o mundo deve buscar a Deus em seus templos. Todavia, o Evangelho nos ensina exatamente o contrário:
“Você tem que ir ao mundo, fora do seu elemento, e trazer as pessoas para dentro. Temos que deixar de achar que todo mundo deve vir para a igreja. A igreja é que tem que ir até eles. Jesus disse ‘ide’, não apenas ‘vinde’. Temos que sair daqui”, acrescenta o pastor.
Para ir de encontro ao mundo é importante entender a linguagem do mundo, explica Jakes. “Você tem que estar ciente de como falar. Você usa diferentes tipos de iscas para diferentes tipos de peixe. O que as pessoas da igreja não entendem é que você não pode ir ao mundo e usar a linguagem da igreja. Você tem que usar a linguagem que o mundo entende”, destaca.
“Temos que passar no teste do amor”
Por fim, o bispo Jakes explica o que parece ser uma lógica invertida utilizada por alguns cristãos. A de que primeiro devemos nos preocupar em mudar às pessoas, exigindo delas algum tipo de transformação, antes mesmo de demonstrar qualquer amor e empatia.
“Os homens são propensos a sempre tentar consertar as coisas. Estamos tão ocupados tentando consertar as pessoas, que esquecemos como amá-las”, disse ele, destacando qual é a ordem correta das coisas.
“Se você me ama, então eu vou deixar você me consertar. Mas se você tentar me consertar e eu perceber que você não me ama, eu vou ficar ressentido. Então, temos que passar no teste do amor”, conclui, segundo o Christian Post.