O nome do presidente Jair Bolsonaro (PL) para a disputa por uma vaga no Senado Federal por São Paulo continua envolto em suspense. Após a desistência do apresentador José Luiz Datena, o chefe do Executivo parece estar sondando os melhores representantes, e entre eles está o pastor Marco Feliciano (PL-SP).
Além do líder religioso da Assembleia de Deus, estão nomes como os da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o ex-ministro da Ciência Marcos Pontes. Feliciano, contudo, possui em sua bagagem o peso do eleitorado evangélico, onde a sua referência é mais antiga.
Não por acaso, pode ter sido esse o motivo pelo qual Bolsonaro resolveu fazer um gesto sutil de apoio ao pastor, durante a Marcha para Jesus ocorrida em São Paulo no último dia 9. Na ocasião, o presidente ergueu a mão de Feliciano em direção à multidão, algo bastante simbólico no mundo político.
Para a rede Jovem Pan, interlocutores do presidente disseram que a atitude “talvez tenha sido um gesto para a comunidade evangélica”, considerando a natureza do evento e o grande público presente.
Em outros termos, significa que Bolsonaro pode ter quisto aproveitar a ocasião para testar a reação popular ao nome de Feliciano, considerado umas das lideranças religiosas mais atuantes em defesa do governo, junto ao também pastor Silas Malafaia – embora esse último não possua mandato.
Inicialmente, o chefe do Executivo deixou claro o seu apoio a Datena, o que despertou reações diversas em seu eleitorado. O apresentador, contudo, desistiu da disputa, abrindo espaço para outros nomes que poderão integrar a chapa do ex-ministro Tarcísio de Freitas, pré-candidato ao governo paulista.
“Eu estou com o Datena, fechei com o Datena lá [em São Paulo]. Ele está em outro partido e tem críticas, assim como tem gente que critica o Tarcísio [de Freitas, pré-candidato ao governo], que critica a mim. Não dá para pacificar o negócio”, havia dito Bolsonaro.