O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou na última sexta-feira, 30 de novembro, que fez um convite à pastora Damares Alves, advogada e assessora parlamentar, para ocupar a pasta que englobará o Ministério dos Direitos Humanos, Mulheres e Família.
A informação divulgada na última quinta-feira, 29 de novembro, e inicialmente negada pela pastora, passou a ser tratada de forma mais firme pela imprensa, até que o próprio presidente eleito confirmou que havia feito o convite à pastora.
“[Damares Alves é uma] forte concorrente”, disse Bolsonaro durante entrevistas concedidas em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba, em São Paulo, a emissoras católicas. É possível que a pasta passe a ser chamada Ministério da Família e Direitos Humanos. “É um ministério que se identifica muito com ela”, acrescentou o presidente eleito.
A pastora está lotada no Senado como assessora de Magno Malta (PR-ES), e Bolsonaro foi questionado sobre qual seria o destino do amigo pessoal que se dedicou à sua campanha, mas não foi reeleito no Espírito Santo para o Senado. “O Magno Malta é uma pessoa que me ajudou muito, que eu respeito. Não vai ficar abandonado, ele tem como participar do governo em outra função”, afirmou o presidente eleito, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.
“Existe campo para ele, sim. Mas, infelizmente, os ministérios estão se esgotando”, ponderou Bolsonaro, antes de minimizar as críticas feitas pelo pastor Silas Malafaia: “Não fiz campanha prometendo absolutamente nada para ninguém, pretendemos aproveitar as boas pessoas, agora não podemos dar ministério para todo mundo”, salientou.
Além disso, Bolsonaro afirmou que os ministérios deverão somar aproximadamente 20 pastas, e que há a possibilidade de escolher mais militares para o governo e que as indicações ocorrem com base no currículo dos indicados, de acordo com o compromisso assumido em campanha de selecionar técnicos para ocuparem os postos-chave.