O presidente Jair Bolsonaro falou à nação em um pronunciamento e prestou sua solidariedade com os familiares e amigos dos mais de 300 mil brasileiros que foram contabilizados como vítimas da covid-19, dizendo pedir a Deus “conforto para os corações” enlutados.
Em sua fala, Bolsonaro recapitulou as principais ações do governo na providência das vacinas para a população. Destacou ainda que o desemprego é uma de suas preocupações, pois a interrupção das atividades econômicas poderia gerar “o caos” e a “fome” generalizada.
“Estamos no momento de uma nova variante do coronavírus, que infelizmente, tem tirado a vida de muitos brasileiros”, pontuou o presidente, que em seguida apontou que desde julho passado, quando houve indicação por parte de laboratórios de pesquisa, o governo passou a assinar acordos e liberar recursos para esse fim.
Bolsonaro acrescentou ainda que o Brasil está se preparando para conseguir fabricar as vacinas de maneira autossuficiente, para que ao longo dos próximos anos, toda a produção dos imunizantes nacionais seja feita localmente.
“Quero tranquilizar o povo brasileiro e afirmar que as vacinas estão garantidas. Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população. Muito em breve retomaremos nossa vida normal. Solidarizo-me com todos aqueles que tiveram perdas em suas famílias. Que Deus conforte os seus corações”, declarou.
“Estamos fazendo, e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos cumpri-la. Deus abençoe o nosso Brasil”, finalizou o presidente.
Confira a íntegra do pronunciamento:
“Estamos no momento de uma nova variante do coronavírus, que infelizmente, tem tirado a vida de muitos brasileiros. Desde o começo eu disse que tínhamos dois grandes desafios: o vírus e o desemprego, e em nenhum momento o governo deixou de tomar medidas importantes, tanto para combater o coronavírus, como para combater o caos na economia, que poderia gerar desemprego e fome.
Quero destacar que hoje somos o quinto país que mais vacinou no mundo. Temos mais de 14 milhões de vacinados e mais de 32 milhões de doses de vacina distribuídas para todos os estados da federação, graças às ações que tomamos logo no início da pandemia.
Em julho de 2020, assinamos um acordo com a Universidade de Oxford para a produção, na Fiocruz, de 100 milhões de doses da vacina AstraZeneca, e liberamos, em agosto, R$ 1,9 bilhão. Em setembro de 2020, assinamos outro acordo com o consórcio Covax Facility para produção de 42 milhões de doses. O primeiro lote chegou no domingo passado e já foi distribuído para os estados.
Em dezembro, liberamos mais R$ 20 bilhões, o que possibilitou a aquisição da Coronavac, através do acordo com o Instituto Butantã. Sempre afirmei que adotaríamos qualquer vacina, desde que aprovada pela Anvisa. E assim foi feito.
Hoje somos produtores de vacina em território nacional. Mais do que isso, fabricaremos o próprio insumo farmacêutico ativo, que é a matéria-prima necessária. Em poucos meses, seremos autossuficientes na produção de vacinas. Não sabemos por quanto tempo teremos que enfrentar essa doença, mas a produção nacional vai garantir que possamos vacinar os brasileiros todos os anos, independentemente das variantes que possam surgir.
Neste mês, intercedi pessoalmente junto à fabricante Pfizer para antecipação de 100 milhões de doses, que serão entregues até setembro de 2021, e também com a Janssen, garantindo 38 milhões de doses para este ano.
Quero tranquilizar o povo brasileiro e afirmar que as vacinas estão garantidas. Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população. Muito em breve retomaremos nossa vida normal. Solidarizo-me com todos aqueles que tiveram perdas em suas famílias. Que Deus conforte os seus corações.
Estamos fazendo, e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos cumpri-la. Deus abençoe o nosso Brasil”.