Israel voltou a ocupar o centro das atenções na geopolítica internacional devido à crise entre EUA e Irã, e mesmo com toda a tensão que ainda cobre a região, a intenção do governo brasileiro de transferir a embaixada do país de Tel Aviv para Jerusalém continua de pé.
Um passo importante, aparentemente com essa finalidade, foi dado no mês passado, quando houve a inauguração de um escritório de negócios em Jerusalém. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro explicou que essa também foi uma decisão tomada com base no diálogo com lideranças do mundo árabe.
“Inauguramos o nosso escritório de negócios em Jerusalém. Venho conversando com líderes do mundo árabe, estamos trabalhando para atingir o nosso objetivo”, disse o presidente, destacando na sequência que a transferência da embaixada brasileira, para ele, vai além de uma mera promessa.
“Não basta um compromisso apenas de campanha, devemos fazê-lo de modo que todos entendam o seu real objetivo. O meu é lealdade a Deus”, afirmou Bolsonaro, segundo informações da Agência Brasil.
A preocupação do governo brasileiro é realizar a transferência da embaixada, mas sem perder a boa relação comercial com os países islâmicos, os quais atualmente ocupam a 3ª posição entre os principais importadores de produtos agrícolas brasileiros.
Entretanto, para a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), órgão vinculado ao Ministério das Relações Exteriores responsável pelo comando do escritório brasileiro em Jerusalém, o estreitamento das relações com Israel tratá muitos ganhos ao Brasil, em várias áreas.
“Alguns setores que confirmam a proeminência israelita em tecnologia são as soluções voltadas ao agronegócio e ao uso de água e, ainda, avanços em cibersegurança para defesa de clientes, proteção de dados e aplicação militar”, informa a agência em nota.
“Israel é reconhecido por ser um forte produtor de tecnologia e inovação. O país produz mais startups de tecnologia do que qualquer outro país do mundo, com exceção dos Estados Unidos”, acrescenta.
“Assim, um dos pontos que será trabalhado pelo escritório da Apex-Brasil em Jerusalém é o fomento à novas parcerias tecnológicas e a atração de centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para o Brasil”, encerra o comunicado.