Um radical muçulmano xiita virá ao Brasil esta semana para uma palestra e a visita está gerando grande revolta em setores da sociedade que reprovam os ideais antissemitas defendidos por ele, como por exemplo, a destruição de Israel.
O aiatolá Mohsen Araki, iraniano, fará uma palestra no próximo sábado, 29 de julho, no centro de convenções Novotel Center Norte. O tema da palestra é “Os muçulmanos e o enfrentamento ao terrorismo radical”.
Porém, o que chama atenção é a contradição que essa visita representa, já que em outras circunstâncias, Araki já declarou publicamente que “Israel é um câncer que deve ser extirpado do Oriente Médio”, de acordo com informações da revista Veja.
Anos atrás, Araki incentivou os líderes do grupo terrorista Hamas, controlador da Faixa de Gaza, que fizesse uma aliança estratégica entre todas as organizações árabes extremistas que atuam no Líbano e Palestina com o objetivo de “banir Israel do mapa”.
Diante disso, a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ) emitiu uma nota de repúdio à visita do líder religioso iraniano: “Não se deve permitir a entrada no país de estrangeiros que defendam a destruição de países amigos do Brasil”, diz a nota.
A FIERJ frisa ainda que “está trabalhando há dias em conjunto com a Confederação Israelita do Brasil, a Federação Israelita do Estado de SP, parlamentares e demais autoridades competentes, para impedir que esta visita aconteça”.
Uma aliada dos judeus brasileiros na tentativa de impedir a entrada de Araki no Brasil é a secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos da prefeitura do Rio de Janeiro, Teresa Bergher. Há duas semanas, ela enviou um ofício aos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores pedindo que não seja permitida a entrada do aiatolá no território nacional.