Karam e Kartari Chand foram casados por 90 anos, até que no último dia 01 de outubro, ele faleceu aos 110 anos de idade. Viúva, Kartari afirmou que todas essas décadas ao lado do marido “foram uma benção”.
Eles se casaram em 1925 na Índia, durante o período em que o Reino Unido governou o país, e 40 anos depois se mudaram para a Inglaterra.
De acordo com informações da BBC, o operário aposentado estava prestes a completar 111 anos de idade quando faleceu. Ele deixou oito filhos, 27 netos e 23 bisnetos.
“Eu e toda a nossa família estamos orgulhosos de meu pai. Com a graça de Deus ele foi em paz. É uma daquelas coisas que ninguém pode impedir, todo mundo tem que ir um dia”, disse Paul, um dos filhos do casal em depoimento à emissora.
Segundo Paul, sua mãe ficou “um pouco chocada” com a morte do marido, afinal, construíram uma vida a dois de muito sucesso, mas garantiu que ela ficará bem.
O Indian Express noticiou que membros da família confirmaram que o casal viveu em harmonia, numa atmosfera de companheirismo e cumplicidade. “Meu pai sempre dizia que a felicidade e o contentamento foi o que os manteve em uma vida tão longa e bela”, afirmou Harbhajan Das, outro filho do casal.
Disciplina era outro item importante na vida de Karam, que tomava seu café diariamente às 06h30 da manhã e “comia uma maçã quase que diariamente”.
Quando Karam e Kartari completaram 89 anos de união, Paul havia dito, em uma entrevista ao Daily Mail, que ele e seus irmãos se esforçaram para oferecer uma “vida livre de estresse” aos pais.
Nessa época, Karam Chand, que era operário de fábrica aposentado, disse que a vida deve ser aproveitada, mas livre de exageros: “Podemos comer o que quisermos, mas com moderação. Eu nunca fui impedido de desfrutar a minha vida”, disse ele.
“Nós sempre comemos uma boa comida saudável, não há nada artificial em nossa dieta, além de produtos como manteiga, leite e iogurte. É disto que nós gostamos”, contou Kartari na ocasião. “Nós sabemos que permanecer casados por tanto tempo é uma bênção, mas também estaremos prontos para irmos quando for a hora certa. Tudo depende da vontade de Deus, mas nós realmente podemos dizer que vivemos uma boa vida”, acrescentou.