Um terreno no quadrilátero formado pela Avenida Celso Gracia, e pelas Ruas Júlio César da Silva, João Boemer e Behring, no Brás, vai abrigar uma igreja e a nova sede mundial da Igreja Universal. As obras do novo templo, que ainda não tiveram início, já receberam licença da Prefeitura. A previsão é concluí-las até 2014. Para amenizar o impacto no trânsito, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) determinou basicamente a colocação de semáforos para travessia de pedestres e sinalização no entorno. As medidas obedecem leis vigentes de 1987 – a certidão de diretrizes de trânsito para o novo empreendimento foi emitida pela companhia em 2008.
Deverão ser instalados semáforos e equipamentos para travessia de pedestres em vários cruzamentos próximos do conglomerado, com rede interligada. Será preciso ainda instalar guias rebaixadas para deficientes físicos, câmera com gravador de DVD em poste integrado ao sistema de controle da CET, iluminação específica nas faixas de pedestres em alguns cruzamentos, melhorar e implementar sinalização no solo das vias próximas e também sinalização vertical (placas), além de gradil para direcionar pedestres às faixas. Deverá também ser feito um convênio permanente para estacionamento de 50 ônibus fretados nas redondezas.
Especialistas. Mas impacto no trânsito não envolve apenas as vias no entorno, mas as ruas próximas e também o transporte público, segundo especialistas em trânsito. “As medidas recomendadas pela CET vão dar segurança pontual nas vias ao lado da nova igreja. Mas os pontos próximos terão problemas”, observa o engenheiro de tráfego e ex-técnico da CET Alexandre Zum Winkel.
Ele destaca que o maior impacto será sentido nos horários de entrada e saída dos cultos e os gargalos vão ter reflexos pela região central. “O impacto será elevado porque haverá concentração tanto de carros e ônibus como também de usuários de transporte coletivo, principalmente dos ônibus que fazem linha na Avenida Celso Garcia”, explica Winkel.
“Na Celso Garcia, não passa mais do que 800 veículos por hora e por faixa num semáforo. Imagina quando o volume de veículos crescer, com o pessoal indo para os cultos. Ficará travado, a não ser que se faça uma operação especial nas redondezas e se deixe os semáforos abertos”, diz o consultor Horácio Figueira.
Fonte: Estadão / Gospel+
Via: Gospel Prime