A guerra interna da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) deixou de ser apenas uma disputa jurídica e transformou-se num caso de Polícia na última segunda-feira, 24 de fevereiro.
O pastor Ivan Pereira Bastos, eleito primeiro tesoureiro da CGADB durante a última Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada em Brasília no ano passado, conseguiu uma autorização da Justiça para assumir o cargo, porém foi impedido por colegas ligados ao pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da entidade há 26 anos.
Bastos fazia parte da chapa oposicionista encabeçada pelo pastor Samuel Câmara, que foi derrotado nas urnas. No entanto, o modelo político da CGADB permite que um candidato a cargos administrativos possa assumir seu mandato, caso eleito, mesmo que a chapa não saia vencedora.
O pastor Ivan Pereira Bastos vinha tentando assumir o posto desde abril, segundo informações de Lauro Jardim, da revista Veja. “Mesmo com uma decisão judicial favorável à posse, ontem Ivan foi impedido de ocupar sua sala na CGADB. Sem alternativas, o pastor registrou ocorrência em uma delegacia de polícia da Zona Norte do Rio de Janeiro”, escreveu o jornalista em sua coluna Radar Online.
O próprio Bastos comentou o caso e listou os motivos que, segundo ele, seriam os motivadores da postura adotada pelos colegas pastores ligados à chapa situacionista: “O [pastor] José Wellington não me permite assumir porque sabe que fui eleito com votos da oposição e tenho compromisso com a transparência. Ao assumir a tesouraria todos sabem que eu vou abrir aquela ‘caixa preta’. Há fortes indícios de desperdícios do dinheiro dos associados em passagens aéreas e hotéis de luxo e principalmente de manipulação no processo eleitoral do ano passado para o atual presidente ser reeleito”, afirmou.
Confira no vídeo abaixo o relato do pastor Ivan Pereira Bastos, que alega sofrer perseguição por parte dos aliados de José Wellington:
Por Tiago Chagas, para o Gospel+