A discussão sobre a existência ou não de Deus tem permeado os séculos, muito embora ela seja, por si mesma, uma das evidências daquilo que os apologistas cristãos apontam como uma assinatura do Criador na consciência da humanidade. Neste sentido, o cientista Jordan Grafman parece ter uma opinião bem consolidada sobre os ateus que negam essa realidade.
Professor de Medicina Física e Reabilitação no Faculdade Medicina Feinberg e Diretor de Pesquisa de Lesões Cerebrais da Shirley Ryan AbilityLab, Jordan Henry Grafman possui décadas de experiência no campo da ciência neurológica, o que lhe tornou um dos nomes mais influentes no quesito entre a relação da fé e ciência.
Para o pesquisador, o cérebro humano está programado para reconhecer a existência de Deus diante da forma como o próprio ser humano se comporta perante à natureza. Neste sentido, em outras palavras, o próprio questionamento sobre a existência ou não de Deus faz parte de uma competência dada pelo Criador.
“Não acreditar em Deus também é uma crença. Mas certamente é possível escolher suas crenças ou influenciado através da sua exposição. Uma vez que você foi exposto à ideia de Deus ou religião, adivinhe onde está? No seu cérebro. Então, até mesmo ateus têm uma representação de Deus em seus cérebros. Não podem escapar dEle”, afirmou.
Reação lógica
Segundo Jordan Grafman, a assinatura de Deus no ser humano faz parte de uma concepção lógica sobre o modo como o próprio indivíduo reage aos instintos da fé, sendo o cérebro o local onde as reações químicas se convertem para a percepção do sobrenatural.
Em outros termos, o que para alguns seria uma atitude meramente cultural perante o desconhecido, na verdade, pode ser o fruto de uma inscrição biológica cujo responsável é o próprio Deus.
“Tenho confiança de que Deus existe no cérebro. Então podemos estudar Deus com segurança e em grande quantidade de detalhes estudando como o cérebro processa, representa e permite nossos comportamentos associados à religião”, conclui Grafman, segundo o Guiame.