As muitas descobertas arqueológicas sobre os tempos bíblicos são o tema de um novo livro de um especialista na área, que define o resultado das pesquisas feitas por diferentes estudiosos como um “tsunami de evidências” ajudando a provar o que as Escrituras dizem.
Tom Meyer, professor da Shasta Bible College, lançou recentemente o livro Archaeology and the Bible: 50 Fascinating Finds That Bring the Bible to Life (“Arqueologia e a Bíblia: 50 descobertas fascinantes que trazem a Bíblia à vida”, em tradução livre), onde descreve a importância da pesquisa nessa área para comprovar o que está relatado nas Escrituras.
Conhecido como “o homem que memorizou a Bíblia”, por sua habilidade de memorizar livros inteiros da Bíblia, o professor pondera que mesmo que não houvessem descobertas arqueológicas sobre o Antigo e o Novo Testamentos, a Bíblia continuaria sendo a Palavra de Deus:
“Não precisamos de arqueologia para provar que a Bíblia é verdadeira. A Bíblia é independente. É totalmente confiável em todos os sentidos”, afirmou o professor, em entrevista à emissora Christian Broadcasting Network (CBN News).
Meyer afirmou ainda que os cristãos muitas vezes enfrentam desafios quando evangelizam e partilham a sua fé, particularmente quando interagem com aqueles que não acreditam que as Escrituras tenham qualquer autoridade: “Você sabe como é compartilhar sua fé ou evangelizar. Se você disser a alguém: ‘Você precisa acreditar na Bíblia porque a Bíblia diz que é verdade’, você sofrerá alguma resistência”.
Por esse motivo, o professor afirmou que é útil usar uma “apologética diferente” que possa ser usada para apontar para o Evangelho, observando que a arqueologia continua “revelando novas informações das páginas da Bíblia”:
“A arqueologia bíblica deu-nos um tsunami de evidências que já conhecemos – de que todas estas pessoas existiram. Mas temos provas de seus nomes. Acho que de 50 a 100 pessoas [que são] mencionadas na Bíblia, o nome exato dessa pessoa – rei Davi, Isaías, o profeta, rei Ezequias, etc. – encontramos seus nomes e objetos arqueológicos, o que demonstra a confiabilidade e a precisão das Escrituras”.
Para o professor, algumas das descobertas arqueológicas mais relevantes e convincentes são sobre o reinado de Davi, já que até 1994 não se tinha conhecimento de nenhuma evidência fora da Bíblia sobre o rei, mas com os achados de 30 anos atrás, isso mudou:
“Encontramos em 1994 o nome do rei Davi num monumento no portão de Tel Dan, que é a região norte de Israel. Desde então, temos recebido pequenas gotas de informações sobre o reinando de Davi, etc”.
Em 2023, Tom Meyer disse a descoberta de fortes construídos pelo rei Davi trouxeram ainda mais luz sobre o texto do Antigo Testamento: “Quando cavaram em Jerusalém, encontraram um fosso gigante. Um fosso que data da época de Davi, uma fortificação defensiva mesmo na cidade de Jerusalém”, resumiu o professor.