O influenciador conhecido com “Monark”, com mais de três milhões de seguidores apenas no YouTube, acabou se envolvendo em uma polêmica por causa de declarações que foram interpretadas como apologia ao nazismo, durante um debate com os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) na última segunda-feira (07).
Na ocasião, o influenciador defendeu o direito à liberdade de expressão de visões radicais, porém, incluindo a ideologia nazista como uma das vertentes que poderiam ser reconhecidas como legítimas do ponto de vista político.
“A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei”, disse ele no Flow Podcast.
Rebatido pela deputada Tabata Amaral, que disse que “a liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca a vida do outro em risco”, o influenciador insistiu na tese de que a visão nazista poderia ser encarada como uma perspectiva político-ideológica.
“As pessoas têm o direito de ser idiotas. A questão é: se o cara quiser ser um ‘antijudeu’, eu acho que ele tinha o direito de ser […] Ele não está sendo antivida. Ele não gosta dos ideais [judaicos]”, declarou Monark.
Com a repercussão negativa das declarações, patrocinadores do Flow Podcast acabaram anunciando o fim da parceria com o programa. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também reagiu, emitindo um comunicado que condena a fala de Monark.
“O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera ‘inferiores’. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio, no coração da Europa, que matou 6 milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias”, diz a nota da Conib.