O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, divulgou na segunda-feira (07) uma “Carta de Princípios para os Cristãos” durante um ato político realizado na capital do Ceará, Fortaleza. Ao lado de figuras como o senador Eduardo Girão, ele celebrou a iniciativa que, na prática, visa atrair o apoio do segmento evangélico.
“Respeitaremos e trataremos com dignidade todas as pessoas, religiões e crenças, sem
fomentar discursos de ódio, disseminação de preconceitos ou estereótipos contra qualquer pessoa, religiosa ou não”, diz um dos itens destacados pelo documento.
Obtendo o apoio do Dr. Uziel Santana, presidente licenciado da Associação Nacional de Juristas Evangélicos do Brasil (ANAJURE), o ex-juiz da Lava Jato buscou tratar de forma abstrata alguns temas de interesse público, como o aborto, o qual é defendido dentro das regras brasileiras atuais; isto é, em caso de estupro, risco de vida para a mãe e de bebês com anencefalia.
“Defenderemos a não ampliação da legislação em relação ao aborto e faremos a defesa da preservação da vida humana em todas as suas manifestações, conforme lei brasileira em vigor”, diz o texto.
O documento também ressalta o papel das igrejas e instituições religiosas em geral, no trabalho de ressocialização de detentos, bem como na recuperação de dependentes químicos, elogiando o papel dessas entidades e o sucesso que vem sendo obtido nesse campo.
No tocante à família, a carta de Moro aos cristãos diz que reconhece o papel da educação “familiar e social, respeitando o ensino privado confessional e a autoridade
dos pais na condução da educação moral e religiosa dos filhos, nos termos das leis em vigor”.
Ao afirmar que valorizará a “a autonomia da instituição familiar”, porém, Moro também defendeu o respeito às “preferências afetivas e sexuais de cada indivíduo”, pontuando que o “Estado deve evitar ao máximo invadir a esfera da liberdade privada, assim como deve preservar as crianças e adolescentes da sexualização precoce.”
Para ler a íntegra da “Carta de Princípios Para os Cristãos” elaborada por Sérgio Moro, clique aqui. Veja também:
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