A necessidade de reconciliação do homem com Deus é um ponto indispensável para a Salvação, e não pode ser alcançado por mérito próprio, mas sim através de um favor imerecido, a graça. Quando, porém, uma pessoa conhece a Deus e Sua Palavra, e ainda assim escolhe recusá-Lo, cometeu o pior pecado que poderia, na visão do pastor Luciano Subirá.
O líder da Comunidade Alcance, de Curitiba (PR), afirmou que no contexto evangélico é comum acreditar que não existem pecados diferentes, e sim, consequências distintas, mas que isso seria um erro: “Aprendi desde criança que não há tamanho de pecado, pecadinho ou pecadão. Que não há diferença entre eles. Isso é verdade? Eu descobri que não. Lendo a Palavra de Deus eu descobri que há pecados maiores que os outros”.
A afirmação, polêmica, é a introdução para um raciocínio mais amplo: “Não podemos dizer que não há distinção entre o pecado, por que Jesus fala de quem comete o maior pecado Quando falamos em termos de salvação não é o tipo de pecado que alguém comete que vai afetar ou não seu relacionamento com Deus. Qualquer forma de pecado nos separa de Deus e compromete a nossa vida espiritual”.
Luciano Subirá, então, ilustra seu raciocínio: “Se eu minto por alguém eu posso resolver isso falando a verdade. Mas se eu mato alguém, eu não tenho como reparar isso. Então, naturalmente é lógico que existe gravidade, consequências diferentes. E no âmbito espiritual não é diferente”.
“Embora em termos de relacionamento com Deus os pecados nos iguala, quando falamos da necessidade de salvação e reconciliação não podemos dizer que haja diferença. Tiago diz que quando tropeçamos em um só ponto da lei, tropeçamos em todos. Não é o tipo de mandamento que eu quebro que define a condição da minha relação com Deus”, aprofundou.
O pastor acrescentou ainda que “a Bíblia faz relação entre os pecados que cometemos”, como forma de demonstrar que há diferenças entre os tipos de pecado: “Uma das formas de percebermos isso é quando ela fala a respeito das recompensas. As pessoas serão julgados de acordo com as suas obras, não só as boas obras, mas tudo aquilo que fizemos de ruim”, salientou.
“A grande verdade é que quando conhecemos o Senhor e agimos rejeitando, renegando o Senhor depois de tê-lo conhecido, nós estamos cometendo o maior pecado. A palavra de Deus chega ao ponto de fazer a seguinte classificação no livro de Hebreus, capítulo 10 e versículo 26: ‘Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados'”, argumentou Subirá.
Ao final, o pastor pontua é preciso “compreender esse tipo de declaração da Palavra de Deus” para o amadurecimento na jornada de fé. “Quando há conhecimento, a forma como seremos julgados é diferente de quando não há conhecimento”, concluiu.