Com a presença de quase 300 pastores e líderes de 20 denominações evangélicas, o Conselho de Igrejas de Cuba (CIC) promoveu, em Bayamo, uma Ateliê de Ciências Bíblicas, em coordenação com Sociedades Bíblicas Unidas (SBU). O ateliê ofereceu capacitação em Antigo e Novo Testamentos.
José Aurelio Paz
Bayamo, sexta-feira, 22 de maio de 2009
Os biblistas e teólogos da SBU, Edesio Sánchez e Plutarco Bonilla, tiveram a seu cargo a parte docente do encontro. O primeiro, abordou a profundidade histórica, social e cultural do Antigo Testamento, enquanto o segundo tratou os mesmos aspectos, mas em relação ao Novo Testamento.
No evento, ocorrido no dia 11 de maio, foram distribuídas quase seis toneladas de bibliografia, entre elas a Bíblia em diversas versões, bibliotecas pastorais, Novos Testamentos, tratados, calendários e a revista “A Bíblia nas Américas”.
Para Bonilla, que vem a Cuba desde 1989 a fim de ministrar cursos, tais eventos suscitam interesse dos novos líderes e pastores pelo estudo da Bíblia, além do exercício de sua leitura, e ampliam a capacidade de pensamento em torno da interpretação das Sagradas Escrituras.
Sánchez disse que tais encontros são necessários para a capacitação das novas lideranças, uma vez que quase 90% dos líderes que assumem o ministério pastoral na América Latina carecem de uma sólida formação bíblico-teológica.
O secretário executivo da Comissão Bíblica do CIC, reverendo Alain Montano, explicou que Bayamo foi escolhida como sede deste encontro a fim de beneficiar a parte mais oriental da Ilha quanto ao enriquecimento do ensino e a entrega de uma valiosa doação de materiais bíblicos.
“Queremos chegar a todas as partes do país, inclusive aos lugares mais recônditos, onde a manifestação de Deus está presente. No atual ano temos previstos mais dois ateliês, um deles destinado ao público católico”. Pela primeira vez pastores de igrejas evangélicas estudarão a Bíblia em conjunto com padres católico-romanos.
Bayamo, cidade localizada a 756 km ao oriente da capital cubana, com uma população aproximada de 300 mil habitantes, conta com um considerável número de igrejas, tanto históricas e de novo tipo. A participação popular é muito boa, expressão do aprofundamento espiritual do país com a abertura religiosa dos começos dos anos 90 e como resposta à crise econômica que começou a verificar-se com a queda do chamado campo socialista.
Fonte: ALC / Gospel+