Uma pesquisa recente divulgada pelo Instituto Gallup, dos Estados Unidos, apontou que quanto mais vezes uma pessoa vai à igreja, mais feliz ela é, diferentemente de quem vai menos, ou, mais ainda, de quem nunca vai.
Os dados refletem a concepção de que a fé produz impactos diretos não apenas na vida espiritual, mas também na saúde mental do ser humano, o que reforça a importância da prática religiosa no contexto social.
Os dados da pesquisa foram comentados pelo diretor do Instituto, Dr. Frank Newport, que também é um cientista pesquisador na área da sociologia.
“Os dados do Gallup, em janeiro, indicam que 92% daqueles que frequentam os cultos semanalmente estão mais satisfeitos, em comparação com 82% daqueles que frequentam menos do que mensalmente”, disse ele.
“A diferença é ainda mais evidente em termos do percentual entre pessoas que relatam estar muito satisfeitas (67%), que frequentam semanalmente a igreja, em comparação com 48% das que dizem frequentar pouco”, destaca o pesquisador.
Newport afirmou que a pesquisa foi ampla e detalhada, de modo que ela serve para confirmar a correlação entre bem-estar social e religião. No caso, a maior incidência do público cristão nos Estados Unidos terminou sendo um fator preponderante no levantamento dos dados em relação a esse segmento religioso.
“Essas descobertas atualizam uma longa linha de estudos que confirmam a conexão entre religião e bem-estar, tornando-se uma das descobertas mais pesquisadas e robustas em toda a sociologia da religião”, disse Newport.
O pesquisador destacou ainda a importância da experiência religiosa no combate a problemas emocionais/psicológicos, como a depressão. Pensamentos negativos e outros contextos potencialmente psicopatológicos também foram observados em menor número entre as pessoas que frequentam a igreja.
“Os muito religiosos avaliam suas vidas de forma mais positiva, são menos propensos a ter sido diagnosticados com depressão e experimentam menos emoções negativas diariamente”, disse Newport. “Os muito religiosos também fazem escolhas de saúde muito melhores do que aqueles que não são tão ou nada religioso.”