Uma ex-evangélica que atua como militante de esquerda afirmou que os ativistas devem se infiltrar nas igrejas para doutrinar crianças a interpretarem a Bíblia Sagrada pela ótica comunista.
Durante uma live promovida pelo portal Revista Fórum, a advogada Laura Astrolabio disse que era evangélica e atualmente é adepta do candomblé, embora não frequente nenhum terreiro, e que planeja voltar à igreja como infiltrada para incutir a doutrina comunista nas crianças.
As declarações de Laura mesclam pretensão megalomaníaca e estratagemas guerrilheiros: “No mestrado eu cheguei a falar uma vez que a gente tinha que se infiltrar nas igrejas. E outro dia encontrei uma amiga que era da igreja da época que eu fui… eu fui cristã 30 anos. Eu já fui até para Jerusalém, se vocês querem saber. O dia que eu contar o que é essa viagem a Jerusalém, o dia que me botarem na televisão para eu contar, eu acabo com o cristianismo no Brasil”.
Na sequência, ela detalha sua estratégia de sabotagem das crianças nas igrejas evangélicas: “E eu falei amiga, vamos voltar para a igreja, porque hoje eu sou candomblecista. Não tem um terreiro que eu frequento, essas coisas, porque eu não sou religiosa, mas eu amo os orixás. Agora, que a gente tem que voltar para a igreja, ou ir para, a gente tem”.
“Ela [questionou]: ‘Amiga, que ideia louca, como é que a gente vai fazer isso?’. A gente vai fazer. Aí ela falou assim ‘mas eles não vão querer escutar’. Quem disse que a gente vai falar para eles? A gente vai para a escolinha dominical. O que mais a igreja quer é sabe o quê? É pegar uma irmãzinha, um irmão, pra cuidar das crianças. Enquanto eles estão no culto, uma sala de aula, cheia de crianças”, sugeriu.
Marxismo religioso
A militante diz que os sabotadores devem falar de Jesus a partir da interpretação marxista da religião: “Tu vai pegar a Bíblia mesmo, vai começar a falar de Jesus. ‘Jesus era esse aqui, olhe, Ele amava os pobres, Jesus disse aqui que o rico não entraria no reino dos céus’. E a gente vai começar a falar de Jesus, e eles vão chegar em casa e falar ‘pai, a professora’… ‘Onde está escrito?’. ‘Aqui, pai, está escrito aqui, Jesus falou’. Mas, para isso, tem que ter estratégia”.
Laura Astrolabio, então, entrega uma de suas fontes de inspiração, o terrorista Carlos Mariguella, que era entusiasta do comunismo, seguindo as ideias de Karl Marx e Lenin, ditador que comandou a União Soviética: “Nenhum dos revolucionários que a gente teve nesse Brasil fez nada sem estratégia. Marighella escreveu um manual do guerrilheiro. A gente está lendo?”, acrescentou, enquanto seus interlocutores ouviam silentes.
Alerta
Nas redes sociais, lideranças cristãs reagiram de maneira imediata. A vereadora Sonaira Fernandes (Republicanos-SP) pontuou que “o cristianismo no Brasil está sob constante assédio da esquerda” e isso cobra dos evangélicos uma postura de proteção da “nossa fé e nossos filhos das investidas dos inimigos da Igreja de Cristo”.
O pastor Renato Vargens expressou incredulidade: “Como assim? Doutrinar as crianças? Isso é grave e sério. Por essa e outras razões eu entendo que precisamos investir e qualificar professores da escolas bíblicas para crianças, mesmo porque, nossas crianças precisam ser ensinadas e discipuladas com o verdadeiro Evangelho e não pelo esquerdismo”.
Em outra publicação no Instagram, Renato Vargens compartilhou sugestões sobre a seleção dos materiais infantis usados nas escolas bíblicas dominicais (EBD): O ministério infantil de uma igreja não é o lugar onde crianças são colocadas com visto ao sossego dos pais. Na verdade, entendo que o ministério infantil deve ser um lugar onde crianças ouvem o evangelho de forma simples e profunda na sua linguagem”.
“A igreja deve estar atenta aos seguintes fatores quanto a escolha de um professor para escola bíblica […]: o professor deve ser um crente em Jesus; o professor deve subscrever o que a igreja pensa quanto as doutrinas fundamentais à fé cristã; o professor deve ser contra as ideologias progressistas relacionadas ao comportamento; o professor deve ser apto a ensinar a Palavra de Deus as crianças; o professor deve ter um comportamento que coadune com a fé em Cristo”.
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