Uma família se dividiu após o chefe da casa aceitar se converter ao islamismo em troca de um cargo em uma repartição pública. Como sua esposa se recusou a negar a Jesus, ele passou a agredi-la, assim como as filhas.
Amina Isa, 40 anos, vive em Gidan Kuran, uma vila no estado de Kano, Nigéria. Cristã, ela frequenta uma igreja evangélica na região onde vive e tem enfrentado a dura perseguição que os seguidores de Jesus sofrem no país de grupos extremistas muçulmanos, como o Boko Haram, mas também tem sido alvo de intolerância em sua própria casa.
De acordo com informações do portal Morning Star News, o marido de Amina abandonou o cristianismo em 2012 em troca de um cargo de chefia. “Eles lhe disseram que ele não poderia ser nomeado como chefe de ala porque era cristão, mas, que se ele se convertesse ao Islã seria nomeado chefe da ala”, disse.
“Eu o aconselhei a não mudar sua fé, mas depois de muita pressão dos muçulmanos em nossa área, ele sucumbiu e tornou-se muçulmano”, acrescentou Amina, que vem sendo acusada, juntamente com a filha mais velha (21 anos), de crimes comuns por conta de sua recusa em se converter ao islamismo.
As pressões são muitas. Uma das acusações que pesam contra ela é de que estaria tentando matricular os filhos mais novos em uma escola cristã sem a permissão do pai. “Ele me pediu para retirar minha filha da escola cristã. Eu deveria trazer ela de volta para a aldeia e entregar a ele. Então, fiz conforme instruído e trouxe minha filha de volta”, disse Amina.
Mesmo com a postura de não enfrentamento, Amina e sua filha mais velha foram presas em março do ano passado, no entanto os líderes cristãos da região conseguiram sua soltura. Duas das outras filhas de Amina, uma com seis e outra com quinze anos, também foram agredidas por causa da fé em Jesus Cristo.
“Por causa de recusa em se converter, fomos ameaçadas, espancadas e submetidas a todas as formas de indignidades pelo meu marido e seus colaboradores muçulmanos”, revelou Amina Isa. “Elas são constantemente ameaçadas, espancadas e assediadas. Na verdade, minha filha mais velha teve de levar seus irmãos mais novos e se esconder, mas foram rastreados e capturados pelos funcionários e atualmente estão sendo mantidos em um local não revelado para mim”, acrescentou.
O pai, Garba Usman, tem tentado impedir que as filhas participem de estudos bíblicos e outras atividades da igreja, numa tentativa de força-las a mudarem de religião. “Tudo isso é para nos forçar a recuar. Nunca podemos deixar de ser cristãos, e estamos confiantes de que o Deus que nós servimos nunca pode nos abandonar em nossos momentos difíceis”, finalizou.