O norte-americano Jeffrey Fowley, que havia sido preso na Coreia do Norte por deixar um exemplar da Bíblia Sagrada em seu quarto de hotel, foi libertado pelas autoridades do país.
Fowley, 56 anos de idade, foi acusado de fazer proselitismo religioso, o que é proibido no país que vive um regime de ditadura. A Coreia do Norte é considerada a nação mais fechada do planeta.
De acordo com informações da revista Veja, o fato do cristão deixar sua Bíblia no hotel foi considerado um “ato hostil”, pois a legislação trata a religião como uma ameaça ao regime autoritário.
A versão oficial das autoridades norte-coreanas sobre o episódio acusa Fowley de ter deixado o “livro perigoso” – temo usado para se referir à Bíblia – em uma boate na cidade portuária de Chongjin, localizada na região norte do país.
Além de Fowley, outros dois norte-americanos são mantidos como prisioneiros na Coreia do Norte. Segundo o Departamento de Estado, Jeffrey Fowley foi levado em uma aeronave militar pelos norte-coreanos à ilha de Guam, um território dos Estados Unidos no Oceano Pacífico.
Segundo a Missão Portas Abertas, os cristãos da Coreia do Norte são obrigados a viver em segredo, na ilegalidade, pois qualquer pessoa que é descoberta cultivando a fé ou praticando rituais religiosos pode ser preso e torturado, além do risco de ser executado em público. Há outros casos de fiéis que desaparecem logo após serem presos.
No país, os fiéis cristãos são conhecidos como a “Igreja Subterrânea”, por causa da necessidade de se reunirem em porões, praticamente em silêncio, para evitarem ser descobertos.