A Mission Aviation Fellowship (MAF) diz que os seus esforços para chegar a milhares de refugiados no Congo têm sido seriamente prejudicados pelos contínuos combates entre forças rebeldes e tropas governamentais e pelas quase inexistentes redes rodoviárias em algumas partes do país.
A MAF tem ajudado várias agências humanitárias na entrega de comida e suprimentos médicos vitais aos campos de refugiados no norte do país onde o Exército de Resistência do Senhor tem espalhado um clima de terror desde meados de Setembro, matando civis, saqueando e queimando edifícios, e sequestrando mulheres e crianças.
“Tem sido muito inseguro mesmo em pistas de aterragem, e depois, é difícil fazer chegar a ajuda às populações deslocadas devido a estradas muito más ou inexistentes, ou por causa de insegurança ao longo das estradas,” disse o piloto da MAF Dave Jacobsson.
Mais de 250,000 pessoas foram deslocadas na região mais afetada do Congo, o Kivu Norte, onde muitas pessoas internamente deslocadas (PID) foram abrigadas em acampamentos.
A MAF tem transportado de avião suprimentos médicos e uma equipe médica para alguns dos campos.
“Foi muito triste ver os campos de IDP do ar na periferia de Goma e as povoações e casas destruídas e pilhadas na zona”, disse Jacobsson.
O Fundo Barnabé advertiu entretanto para o pânico geral existente entre os refugiados há medida que tentam escapar às forças rebeldes e às tropas governamentais Congolesas.
“Milhares de refugiados têm desaparecido do radar das agências humanitárias há medida que as pessoas aterrorizadas fogem dos avanços das tropas rebeldes e das pilhagens, violações e assassinatos dos soldados do governo Congolês,” disse a organização num apelo a doações para os seus esforços de auxílio.
“O Fundo Barnabé está a trabalhar com parceiros Cristãos no Congo para tentar aliviar a crescente crise, proporcionando ajuda de emergência para aqueles em necessidade desesperada,” disse ele.
O enviado especial da ONU para o Congo, o ex-Presidente Nigeriano Olusegun Obasanjo, encontrou-se com o líder rebelde Laurent Nkunda pela primeira vez no Domingo para realizar conversações sobre a crise e como terminar com a violência.
Nkunda, um ex-general do exército Congolês, tem liderado uma rebelião contra o governo desde 2004, que ele alega ser para proteger os Tutsis de milícias Hutus que fugiram do Congo para o Ruanda depois do genocídio de 1994. ONGs internacionais acreditam que a sua campanha militar não é nada mais do que uma tentativa de tomar o poder e controlo de terras ricas em minerais que valem bilhões de dólares.
Obasanjo disse na Sexta-feira que o Presidente do Congo Joseph Kabila estava aberto a negociações com Nkunda com a condição de as muitas milícias que estão a operar no Kivu Norte participarem também nas reuniões, de acordo com a Associated Press.
Fonte: Christian Today