Se a pandemia do novo coronavírus afeta nações do chamado “primeiro mundo”, o que dizer dos efeitos colaterais provocados nos países mais pobres da África? É justamente por causa deles que milhares de cristãos estão sobrevivendo apenas de doações e precisam urgentemente de ajuda.
A informação é a da organização missionária Portas Abertas, que acompanha a situação dos cristãos que vivem entre a Tanzânia e o Quênia. Por causa do encerramento das atividades comerciais e o isolamento social imposto na região, igrejas e suas famílias estão com dificuldade de obter suprimentos.
“Muitos cristãos desta comunidade enfrentaram semanas, senão meses, vivendo sob restrição do comércio e fornecimento de alimentos reduzido”, diz a Portas Abertas em um artigo para o Gospel Prime.
Segundo a entidade, os cristãos Maasai, um grupo étnico seminômade da região, são os mais afetados pela crise econômica provocada pela pandemia. Nota-se, inclusive, que os efeitos colaterais econômicos, portanto, aparentam ser piores que o próprio coronavírus.
Por causa do fechamento das fronteiras entre os países, os cristãos maasais perseguidos também foram prejudicados, pois ficaram sem alternativa de escape nos casos de perseguição religiosa.
“Sempre que ocorre a perseguição, eles (geralmente) cruzam para a região do Quênia, onde se escondem em meio a uma comunidade que os aceita, esperando que a paz volte”, explicou um colaborador da Portas Abertas.
Assim, a organização criou um projeto de doação voluntária para ajudar a comunidade cristã africana que passa por esse momento de maior dificuldade. Qualquer pessoa pode colaborar, bastando acessar este link para obter maiores informações.
Por outro lado, os efeitos colaterais da pandemia também fizeram com que os verdadeiros cristãos se unissem ainda mais em prol do Reino de Deus, experimentando maior intimidade e dependência do Senhor, segundo o pastor Huang Lei, que atua na China e falou sobre a situação local.
“Eu acho que isso está nos aproximando mais do que nunca. Oramos, compartilhamos informações e tomamos decisões juntos. O vírus não pode nos parar”, disse ele.