A perseguição religiosa aos cristãos que vivem na Nigéria teve mais um capítulo sombrio no último dia 18 desse mês, quando 11 cristãos foram atacados por radicias da etnia Fulani, estando entre eles um pastor e uma jovem de 16 anos.
O ataque ocorreu na vila de Unguwan Gankon, no estado de Kaduna, na Nigéria, país que tem sido palco de constantes atentados aos cristãos nos últimos três anos, quando houve uma escalada de intolerância religiosa promovida por radicais fulanis e membros do grupo terrorista Boko Haram.
“A milícia armada Fulani invadiu a aldeia de Unguwan Gankon no distrito de Gora, Zangon Kataf LGA, matou duas pessoas e incendiou sete casas”, explicou Luka Binniyat, da União do Povo Kaduna do Sul (SOKAPU), segundo informações do Morning Star News.
Luka explicou que outros moradores tentaram intervir, mas já era tarde demais quando eles chegaram ao local do ataque. “Vizinhos, no entanto, vieram em socorro, e os assassinos fugiram”, disse ele.
Morreram o atentado o pastor Adalchi Usman, líder da Igreja Evangélica Winning All e pai de dois filhos. Um dia antes, também morreu Bulus Joseph, outro cristão pai de vários filhos, os quais conseguiram escapar do ataque com a esposa de Bulus.
“Bulus Joseph foi horrivelmente assassinado em sua fazenda por milícias armadas Fulani. Ele enfrentou os assassinos para que sua esposa e três filhos pudessem escapar, o que eles fizeram. Mas ele pagou o preço com a vida, sendo massacrado pelos assassinos de sangue frio”, dissE Luka.
Os ataques aos cristãos ocorrem na Nigéria de várias maneiras, sendo a emboscada um dos métodos usados pelos terroristas. O pastor Usman, por exemplo, foi atacado enquanto viajava em seu veículo por uma estrada.
“Os assassinos vieram do mato e começaram a atirar no carro. O motorista do veículo, Danlami Dariya, foi sequestrado e no momento da divulgação desta declaração, seu paradeiro ainda era desconhecido”, explicou Luka.