A posse do Presidente Donald Trump continua rendendo muita polêmica, ao menos, para quem não concorda com a visão de governo do magnata, especialmente sua postura firme contra temas liberais como o aborto. Esse foi um dos grandes motivos, por exemplo, da “Marcha das Mulheres” no último sábado, um dia após sua posse.
Na ocasião, cristãos decidiram se manifestar no meio da marcha, falando contra os temas defendidos pelas mulheres e foram agredidos por isso com cuspes, xingamentos e ameaças.
Segundo informações do site The Christian Post, em Washington, na Avenida Pensilvânia, um grupo com cerca de 10 evangelistas se posicionaram em pontos diferentes da manifestação, cada um com microfones conectados a pequenos caixas de som e placas de aviso, contendo mensagens contra o aborto, homossexualismo e avisos sobre a condenação dos pecados, convidando o público ao arrependimento.
O clima ficou tenso durante a manifestação, porque nem todos da “Marcha das Mulheres” aceitaram a presença dos cristãos contrários à marcha. Joseph Neigh, por exemplo, um dos evangelistas, contou ao The Christian Post como foi a sua experiência quando foi confrontado pelos manifestantes:
“Isso já aconteceu comigo antes! Essas pessoas estão agindo segundo os desejos da carne. Esperávamos que isso acontecesse porque elas estão vivendo de acordo com suas carnes e não esperamos nada menos que isso. As pessoas mataram Jesus por que Ele pregava a justiça e chamava todos ao arrependimento. (…) nos cercaram, fizeram coisas ruins ao nosso redor, nos amaldiçoaram, mas não vamos pagar o mal com o mal. Nós dizemos: ‘Deus te abençoe’. Não estamos aqui para lançar pedras, mas sim para oferecer a salvação”
O caráter democrático da manifestação foi ressaltado pelos evangelistas, que disseram não ser contrários a liberdade dos manifestantes em defender suas pautas, mas que estavam ali para dizer que não concordam com o que para eles é pecado diante de Deus:
Planned Parenthood financia “Marcha das Mulheres”
Aqui no Brasil, a teóloga e escritora, conferencista e missionária que atuou por 20 anos em tribos indígenas da Amazônia, quando também assumiu a presidência da JOCUM entre 2003 e 2007, Braulia Ribeiro, fez uma publicação em seu blog pessoal criticando a motivação da “Marcha das Mulheres“. Segundo a autora, os interesses da manifestação não são compatíveis com o ideal de justiça merecido pelas mulheres.
“Convenhamos também que ninguém marchou indignado por injustiça nenhuma cometida pelo governo Trump pelo simples fato de que este governo nem sequer tinha acontecido no dia da marcha das mulheres.”, disse Braulia, que continuou:
“A marcha foi promovida e divulgada pela famigerada organização Planned Parenthood, que financia abortos na América e em muitos países do mundo. Eles sabem que sua festa regada à caviar e a sangue de bebês vai se acabar. Trump influenciado por seu colegiado promete cortar as verbas da organização. Esperamos sim que o faça.”
A afirmação de Braulia estava correta, assim como sua expectativa, porque menos de dois dias após a “Marcha das Mulheres“, na segunda feira, segundo informações do jornal The New York Times publicada no mesmo dia, Trump assinou um decreto proibindo o financiamento público para ONGs abortistas, como a Parenthood.