O sofrimento e a existência de Deus é um assunto recorrente em rodas de amigos que debatem as mazelas humanas. A escritora Cristiane Cardoso, filha do bispo Edir Macedo, publicou um artigo sobre a famosa pergunta “Porque Deus permite tanto sofrimento?”, e argumentou que a dor é consequência de erros e injustiças cometidos todos os dias.
“Eu pergunto a você que é mãe, por que você permite que seu filho ande com más amizades e aprenda o que não presta? Ou que a sua filha se envolva com aquele rapaz que não quer nada com nada? Seu filho agora se tornou usuário de droga e vive nos becos por aí, largado, sem perspectiva nenhuma para o futuro. O que você como mãe está fazendo a respeito disso?”, introduziu Cristiane, fazendo um contraponto à pergunta.
“Faz sentido argumentar que se você existisse mesmo não permitiria que ele chegasse aonde chegou? E a sua filha que engravidou ainda muito jovem e largou a bebê com você para criar? E se essa bebê crescer revoltada por não ter tido uma mãe nem um pai presente e seguir o caminho rebelde da mãe? O que você vai fazer a respeito?”, insistiu, acrescentando uma refutação à ideia de que o sofrimento seria uma prova de que Deus não existe.
A escritora e apresentadora de TV expressou incredulidade em relação ao fato de que “as pessoas usam sempre os mesmos argumentos diabólicos para defenderem sua falta de fé”, e acrescentou que “é como se Deus tivesse culpa de tudo que todo mundo faz neste mundo”.
Em seguida, Cristiane insere um raciocínio que mescla conceitos como hereditariedade e semeadura: “Aquela bebê que cresceu sem pai nem mãe era inocente sim, mas isso não significa que ela não vai pagar pelos erros de seus pais, a não ser que ela cresça e decida não viver mais o ciclo de injustiça que eles começaram. Mas como isso é raro, o ciclo normalmente continua, e ela culpa a Deus por isso. Culpa a Deus por ter casado mal, enquanto quem escolheu o marido foi ela. Culpa a Deus por ter perdido o emprego, enquanto quem decidiu confiar no patrão foi ela. Culpa a Deus pelos desastres naturais, enquanto estes, como o nome já diz, são NATURAIS…”.
“O que você plantar, você vai colher. Se seus pais plantaram injustiça, você vai colher injustiça por causa deles, até descobrir que você não precisa viver sob a mesma maldição que eles viviam. Aí sim, você pode decidir mudar de rumo, sair do ciclo deles e começar um novo para si. O ciclo da bênção”, acrescentou Cristiane, reiterando sua visão sobre hereditariedade e apontando para o Antigo Testamento como base: “Deus disse: ‘Eis que hoje Eu ponho diante de vós a bênção e a maldição’ Deuteronômio 11.26. Ou seja, você escolhe”.
“Se seu filho tivesse lhe dado ouvidos e deixado aquelas más amizades, ele não teria se envolvido nas drogas, mas ele quis lhe desobedecer e, portanto, ele hoje colhe os frutos da desobediência dele. E você, a mãe, sofre de longe, sem poder fazer muito, a não ser orar e jejuar por ele. Não é isso o que acontece com Deus a respeito de Sua maior e melhor criação? Deus sofre com toda essa injustiça que vemos ao nosso redor, mas Ele, como Pai, também não pode impor Sua vontade sobre nós… Ele respeita. Quer que Ele interfira? Então, decida ouvir o que Ele diz!”, concluiu.