O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil vem sendo acusado de atropelar o Poder Legislativo ao pautar um julgamento que poderá legalizar o aborto até o terceiro mês de gestação (12 semanas), algo que tem sido alvo de críticas, também, por parte de lideranças religiosas ligadas ao mundo jurídico, como o pastor Sérgio Queiroz.
Com pós-doutorado em Direito, o pastor que também é procurador da Fazenda Nacional viralizou nas redes sociais ao fazer um comparativo sobre o modo como parte das pessoas estão enxergando a dignidade da vida humana.
Inicialmente, Queiroz fez uma crítica indireta a quem se coloca como “mãe” ou “pai” de pets. Ou seja, de animais como cachorros e gatos. O líder religioso fundador do Projeto Cidade Viva explicou que as pessoas até podem se apresentar assim, mas não deve se resumir a isso.
Segundo o pastor da Primeira Igreja Batista do Bessamar (João Pessoa, PB), essa equiparação da maternidade ou paternidade humana à relação de cuidado com os animais reflete uma inversão de valores no tocante ao valor da vida.
“Isso não tem nada a ver com religião, isso tem a ver com racionalidade”, declarou. “Nós invertemos a dignidade humana e colocamos a dignidade animal acima da dignidade humana, que foi feita a imagem e semelhança de Deus.”
Aborto
Seguindo a sua linha de raciocínio, Queiroz citou como exemplo a luta pela proteção aos ovos de tartarugas marinhas, apontando a defesa do aborto como mais uma inversão moral de valores.
A mesma opinião foi compartilhada pelo renomado jurista brasileiro Dr. Ives Gandra Martins, considerado um dos mais respeitados do mundo. Em um vídeo compartilhado pela deputada Carla Zambelli, o professor foi taxativo:
“O legislador brasileiro reconhece que há vida desde a concepção, que os ovos de tartaruga, quem destruir os ovos de tartaruga comete um crime, porque sabe que o ovo é embrião de tartaruga, como sabem que há um embrião humano no ventre materno. As tartarugas valem mais que um ser humano?”. Assista:
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